Um evento feliz


Um evento feliz, Rémi Bezançon, França, 2013; Narra com veemência e convicção os prazeres e desesperos de um começo de vida para um casal com um filho inesperado. Acho que o título não traduz verdadeiramente o filme tamanho os imbróglios que estariam por vir ao casal recém-formado. Tenho feito uma experiência nova nas criticas de cinema que escrevo neste ano; tento não “resumir” os filmes, mas sim transpor o que eles passaram de poético, de bonito, de louvável, ou seja, escrevo o que sinto deles: a sua mensagem ou a mensagem que entendi. Acho que assim me livro do clichê de que toda crítica de cinema é chata e porque não dizer uma sinopse longa do filme em questão. Pois bem, pensando dessa forma percebo que Um evento feliz é mais que uma comédia romântica boba ou um mal manual de instruções para pais de primeira viagem, trata-se de uma fita que te pergunta: “Você realmente tem certeza que está pronto ( a ) para colocar uma pessoa no mundo?” . Esta indagação pouco tem a ver com condição financeira, mas sim emocional. Tentando fugir do clichê de sinopses, porém às vezes um tanto quanto impossível a fita francesa conta a estória de um trabalhador de uma locadora de vídeos que começa a flertar com uma cliente. Daí em diante as coisas parecem que tomam rumos inesperados, pois quem era segura ( a mulher ) antes de ter o bêbê passa a ser insegura e as vezes paranoica como uma doutoranda de uma prestigiada universidade francesa; em contrapartida quem era um fudido profissionalmente que trabalhava como assistente de uma locadora pequena de vídeos ( o homem ) se torna um pai responsável e “segurador de ondas “ de destemperos dos temperamentos imaturos da sua namorada, e em meio disso, ou seja, do nascimento da criança não programada o rapaz até que consegue um emprego digno e sustenta sua família, agora com uma mãe desempregada e sem a sua bolsa de estudos de doutoranda com a vossa bêbê recém- nascida. Existe uma máxima que diz que quando os filhos começam a nascerem os empregos começam a aparecerem, ora por compaixão de conhecidos ou ora por força do destino, acho melhor acreditar na segunda opção. De qualquer modo essa fita narra esses primeiros momentos da vida de um casal com um bêbê, ou seja, nada de excepcional, mas também nada de tão trash de que não se possa conferir.    

 

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