O homem do futuro

O homem do futuro, escrito e dirigido por Cláudio Torres, Brasil, 2011; Impressionou-me positivamente. Um filme leve que brinca com física quântica assim como se brinca de amarelinha faz o protagonista de sua estória viajar vintes anos para trás e para frente a fim de modificar o seu presente que era uma merda. Para um final de domingo o filme encaixa-se como uma luva, pois ainda estamos mareados pela praia e pelo sol castigante  e começamos a sentir que o sono vem chegando ao começar da noite. A constatação final é de que algumas coisas são como merda, ou seja, quanto mais se mexe mais fede, assim como foi nesse filme, quando um professor de física solitário tenta voltar vinte anos atrás para recuperar seu amor através de uma cápsula do tempo que ele inventara. De fato ele consegue mexer no seu passado se tornando o nada mais, e nada menos intitulado o homem mais rico do Brasil, quiçá do mundo, porém se torna o homem mais ordinário e mau caráter do Brasil, quiçá do mundo. Então ele volta pela segunda vez vinte anos atrás , em 1991, e tenta refazer o que já tinha mudado, porém na sua segunda viajem ao passado ele encontra quantifiquicamente o seu primeiro eu que foi ao passado a fim de mudar o seu presente, e os dois logicamente ou quantifiquicamente não se embicam no sentido de mudar ou não o a vida  daquele jovem de vinte anos mais jovem, ou seja, mudar ou continuar o destino deles mesmos vinte anos antes: esta era a questão. Com três Vagner Moura ao mesmo tempo em cena ( e haja paciência para tantos ) a trama é definida e redefinida a cada momento, sendo que perguntando ocultamente por vezes: o que é mais importante: o dinheiro ou o amor? Que seja piegas a pergunta, e é mesmo, mas fato é que não pode ter tudo na vida: ou torce pra um time ou pra outro, ou se tem qualidade de vida ou a qualidade de vida fica em segundo plano, enfim a vida imita a arte e vice-versa.

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