Os Infiéis
Os Infiéis, dos Jean
Dujardin, Gilles
Lellouche, Emmanuelle Bercot, com Jean
Dujardin, Gilles
Lellouche, Alexandra
Lamy e mais três, França, 2011. Sabe aquele filme em que você não espera nada e não acontece
nada mesmo de bom, mas que mesmo assim vale a saída de casa e até algumas
risadas porque não? Pois bem, Os infiéis se encaixa nesse padrão de comédias europeias
em que a pretensão é não ter pretensão, e por isso a fita soa leve, de modo que
dá para sair da sala de cinema de certo modo mais leve, menos sério ou
comprometido com as responsabilidades da vida corrida em que o século XXI nos
impõe a acompanhá-lo. A fita conta a estória de antes de tudo e acima da vida
de dois galinhas garanhões que papam todas, de dois caras inseguros e infelizes
com seus relacionamentos, e por isso traiam suas companheiras. Era festa, boate
todo dia na nada feia noite parisiense.
Os tais dois amigos eram de fato tão grudados e fissurados nessa coisa da
competitividade entre ambos de quem pegasse mais e de quem ficasse com as
melhores, que soava estranho ao ponto da fazerem sexo no mesmo quarto com minas
diferentes e um olhando para cara do outro. Isto por si só, já mostrava tamanha
competividade extrema entre ambos para olhos ingênuos, porém para pessoas mais “safas”,
a tal competividade, dava-se outro nome: viadagem,
e o pior: sem culhões a assumi-la; primeiro pelo passado de "passadores de rodo"
em todas, que com buceta, venha até com muleta. E em segundo como iriam falar
com suas esposas e filhos que de uma hora pra outra toda aquela posse macha, se
transformara em purpurina? Sei que eles deram um jeito, e em uma viagem a Las
Vegas resolveram se assumir numa noite de bebedeira que acabara com os dois na
cama, mas agora um comendo e o outro sendo comido. Cena essa que levou a sala
aos prantos todos da sala. Um filme leve, que não se propõe a entender nem
defender nada nem ninguém, somente se propõe a entreter e por isso é legal.
Pena que nossa visão de entretenimento se restringe a ver outros em “maus-lençois”,
como tipo umas vídeo-cassetadas do Faustão, porém ver a fita é bem melhor que programas
de televisão.
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