Mundo Cão
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Mundo
Cão, de Terry Zwigoff, EUA, Alemanha ,
2001; é uma despretensiosa obra que desbrava o começo da vida de duas grandes amigas,
tendo agora de tornaram-se adultas, deixando a adolescência para trás. Planos:
tinham muitos como alugar um apartamento e dividi-lo e mais outros muitos. Porém como a realidade
sempre é e foi diferente da fantasia ou da pretensão de querer ser, a vida dá
cabo a esse sonho e tantos outros que imaginariam que iriam ter depois de se
formarem da escola. Com diferentes personalidades as duas amigas acabam por
traçar seus caminhos de maneiras diferentes, como cada uma via o seu modo de viver,
ou seja, seu mundo cão. Lembro-me que com 17 anos tinham enormes perspectivas
de como poderia ser minha vida: viajar muito, trabalhar em uma multinacional,
ser querido por quase todos, etc. Porém o tempo fez-me acordar para a realidade
do mundo cão, onde cada dia vale por si só, e este eu ter de conquistar como um
leão em busca de uma presa sem erros diariamente. A pressão foi deveras, de
modo que com minha sensibilidade sucumbi não dando conta de tamanho desejo de
ser alguém importante para os outros e para mim. Porém a maturidade é o melhor
antídoto para qualquer diagnóstico errado de si próprio. Aos poucos percebi que
sucumbi coisa alguma, apenas encontrei ou me encontrei em formas diferentes de
viver a vida e levá-la. Uma personagem desse filme fez-me lembrar de minha adolescência
pelas mesmas questões, porém foi mais esperta se entregando a arte desde o
inicio, coisa da qual demorei um tanto a fazer. Mas no final de tudo não devemos nos arrepender
do que não fizemos, mas nos orgulhar o quanto andamos. Sigamos em frente,
sempre.
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