Depois de partir
Depois
de partir, do Gilles
Bourdos , Alemanha / França / Canadá, 2008. Cara, resenharemos um filme atípico,
assim como é o seu tema: Vida após morte. Um advogado perde a esposa em um
acidente e sua vida fica sem graça depois disso. Ele tenta se revigorar, mas o
desejo de ter a sua esposa fala mais alto, de modo que sempre ficara
melancólico. Um dia conhece um médico, interpretado por John
Malkovich que diz que vê e recebe conselhos de mortos. O
advogado em primeira instância o zomba, o repudia assim como naturalmente fosse
qualquer um de nós. Porém com o decorrer da fita acontecem situações que de
fato comprovam que tal médicuzinho não mentira, aí o cara enlouquece de vez,
mas endoida acreditando na estória da conversa com mortos do doctor e investe
nisso. Percebe e acredita através de recados “de cima” que tem seus dias
contados por uma doença incurável. E tinha de fato. Veja meus amigos: O
espiritismo é uma religião ainda não comprovada cientificamente como todas as
outras, pois se tivesse comprovação não seria crença, mas sim ciência exata.
Acho que todo brasileiro é um pouco espírita por seu jeito otimista de andar
com a vida ou aguentá-la para ser menos difícil os dias com as rotinas juntas
de acordar cedo, trabalhar, comer qualquer merda que faça mal ao seu corpo, mas
que te encha a pança para aguentar mais algumas horas de trabalho e chegar em
casa morto de cansado e ainda ter obrigações com filhos e parentes. Gostei e me
identifiquei por esse filme talvez mesmo pelo óbvio motivo de ser brasileiro,
de ser positivo, de esperar dias melhores sempre, seja aqui ou lá depois de
partir. O fato é que existe alguma força maior que nos faça acordar cedo, pegar
rush, comer besteira, fumar, trabalhar feito escravos para um sistema escroto e
ainda assim continuarmos dizendo que as coisas vão melhorar que o Brasil vai
ganhar a copa, que o PIB do país crescerá e daqui a poucos anos seremos uma
potencia econômica. Analisando bem: somos espíritas ( otimistas ) até de mais
ou não? Creio que sim.
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