Mamute

·         Mamute,dirigido pela dupla Gustave Kervern, Gérard Depardieu )que mostra a degradação humana de uma maneira pouca vista em sétima arte tamanha a carga dramática da fita mostrando um não convencional homem juntando papeis para que possa ter direito a se aposentar. Para contrapor a exigente burocracia que é necessária para a aposentadoria em solo gaulês temos um personagem central total e genialmente desprovido de valores morais, onde lucidez, liberdade e a incapacidade de seguir regras ou leis pré-estabelecidas andam lado a lado durante todo o filme, o que o torna apaixonante. Estamos resenhando um filme de difícil compreensão por sua abstração de ideias, onde o que interessava no fim das contas não era o direito ao dinheiro da aposentadoria em si, mas uma libertação de lembranças passadas vividas por seu brilhante protagonista (quase um monólogo), que era um ser acometido de surtos e imagens de uma mulher machucada e fria, cheia de feridas no rosto, que parecia ter sido sua mulher e ter sofrido um acidente de moto com ele dirigindo e por isso ele carrega esse peso e “essa fantasma” a maior parte do filme, até que consegue achar a vida novamente com sua sobrinha que não a vê faz vinte anos, assim como também comete relações sexuais com seu primo que não o vê pelo mesmo período. Como mencionei um filme instigante de compreensão dúbia onde humilhação, valores morais do tipo: é proibido se apaixonar por uma sobrinha poeta são meros detalhes. O recado entendível da parte que vos escreve da fita é o seguinte: Não se acometa a pré-julgar e até mesmo a maltratar alguém por ser diferente ou mais exótico. As pessoas são o que são, e essas que são “diferentes”, sem dúvidas são as mais interessantes sempre.

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