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Soft in the head ( cabeça oca )

Soft in the head ( cabeça oca ), dirigido por Nathan Silver, 2011, EUA. Até parece que as pessoas podem escolher quem elas querem, na real acontece o inverso disso; Para se formar um casal, ou seja, ou trocando em miúdos, o que chama atenção de uma pessoa são as características incomuns à sua personalidade. Não à toa vemos tantas desilusões amorosas onde um lado só está afim mesmo de alguma coisa. Pois bem esta é mais ou menos a sinopse do filme assistido do diretor Nathan Silver na Sala Alexandre Robbato, em Salvador, e com direito a um debate com próprio norte-americano após a sessão. Quando o indaguei do porquê ele teria tanta tara em falar de gente, e em se tratando de pessoas, porque gostara de levá-las sempre ao seu extremo? O diretor respondeu-me gentilmente que o tema “pessoas e seus relacionamentos” eram retratados em seus filmes porque este tem uma profunda admiração pela psique humana, afirmando que se não fosse cineasta seria um psicólogo, certamente. Ainda completando sua...

The Blind

The Blind , dirigido e corroteirizado por Nathan Silver, EUA, 2009. A vida nunca fora um mar de rosas; Refiro-me à vida real, e em especial ao cotidiano. Todavia à arte tem como função transformar a dureza da vida em uma coisa mais agradável, fazendo da tragédia algo que nos ensine, e que, por conseguinte,  toquemos nossas vidas de uma maneira melhor, mais leve, transformando aquilo ou aquela situação que está ruim em sustentável, percebendo aquilo com outros olhos tentando achar outras formas em enxergarmos os problemas da vida real. Trocando em miúdos é concretamente isto que o diretor americano quis nos transpor em The Blind, ou seja, apresentar a vida não ser como um mar de rosas, mas como uma intensa e bruta realidade, onde a necessidade de uns em amarem ou se doarem ao extremo, barra-se em contrapartida ao grupo de pessoinhas que sentem a necessidade em serrem amadas de uma forma mais explícita e intensa. Para estas pessoas carentes de sentimentos e cuidados, temos na obra f...

Estado Itinerante

Estado Itinerante, de Ana Carolina com Lira Ribas, Brasil, 2016. Com um arpor poético que foge dos padrões vos apresento-lhes a nossa obra fílmica dessa fria semana soteropolitana. A estória, ou o roteiro do filme, cuida-se em apresentar-nos Júlia, essa personificada por muitas mulheres brasileiras. Nela percebemos a olhos nus marcas roxas em seu corpo, entretanto nada se comenta sobre o ocorrido, apenas deduz-se que Júlia sofre agressões físicas e psicológicas do seu companheiro, embora este nunca apareça em tela. Percorremos, ao lado de Júlia, a angústia de existir sem um emprego, e pior: azar no jogo e no amor, também. Ainda assim aquela mulher, assim como tantas outras brasileiras, não entrega-se as picuinhas da vida , e consegue um emprego de cobradora de ônibus, profissão essa stressadíssima devido aos rushs das capitais, esta no caso, Belo Horizonte. A perspicácia da diretora foi a de chamar, excluindo-se a protagonista e outros papeis, mas de “deixar” que funcionários deste ...

Metal contra as nuvens

UFBA Instituto de Letras Vernáculas Disciplina: Oficina de Textos II Professor: Paulo Henrique Aluno: Diogo Berni Análise argumentativa individual da música do Legião Urbana: ”Metal contra as nuvens”. Observei que a música acontece em 4 atos, e a expressão"sopro do dragão” também é ouvida em todos os quatro. De essência a letra refere-se a temas, como: Democracia ( e a falta dela), contexto social desequilibrado ( mais ou menos como o nosso atual ), Positividade ( Ainda assim, segundo Renato, temos que manter o pensamento positivo ), e por fim identifiquei , em maior força que as citadas anteriormente, o lado anárquico da letra. Quando ele canta que é “metal”, isso quer dizer que não adere-se ao governo e tampouco ao sistema do capitalismo; ele é metal porque consegue resistir e “remar contra a maré”, e por isso pode ser considerado como se fosse a uma “ mosca na sopa” ou um “ sopro do dragão” à quem acredita nos valores , dos quais ele, Renato Russo, tem e sent...

O Carteiro e o Poeta

O Carteiro e o Poeta,  de Michael Radford, Itália, 1995; com 5 indicações ao Oscar. Esta semana podemos nos considerar sortudos por tal achado. Se não for o único filme focado somente no lado “poeta” de Pablo Neruda, e com certeza, um raro de pouquíssimos, sendo que a maioria das fitas fala de um Neruda socialista e político. O filme fora uma adaptação de um conto homônimo do poeta chileno. De início temos o poeta vivendo, com sua bela esposa, em uma pequena cidade litorânea italiana, e impedido de voltar a seu país porquausa da ditadura do sanguinário coronel Augusto Pinochet. As milhares de cartas enviadas diariamente endereçadas ao poeta, é entregue pelo único carteiro da cidadezinha; e a partir desse instante, ou seja, de um fruto de admiração e medo que o singelo carteiro tem com o ilustre poeta que surge a estória em si. A grande sacada do filme é transformar o personagem “carteiro” em uma poesia andante. Explico-lhos: A visceralidade dos encontros que o carteiro tinha...

A situação política no Brasil atual: um Caos!

Tô pensando aqui se vale a pena escrever esta critica ou não; mas acho que sim, que vale a pena, apesar do roteiro ser um pouco irreverente. Pra inicio de conversa, e isto se acreditarem em carma ou não, mas o que faz uma pessoa nascer alcoólatra ou não. São diversos fatores que não pode perder o tempo em abordá-los. Ou seja: talvez seja mais importante focar no filme no que uma decisão que um homem resolver ser mulher ou vice-versa. Fato que que a narrativa da trama se desenvolve nesse limiar. De inicio temos uma alcolatra divorciada que finge ir ao trabalho todo dia, mas que ao invés disso ele só pega o trem de Nova Iorque às suas redondezas. O conflito está marmado: temos uma mulher separada que ainda é separada, porém, esta por sua vez não sente o peso disso, ou melhor , curte todos os dias com ou sem alguém, se isso interessar possa, já que para ser feliz a questão está mais internamente do que externamente, ou seja, se tu lhes reconhece, este tipo de problema, tu não sofres. Tod...

Pneus carecas

Não abro mão dos meus pneus carecas; muitos dizem que é perigoso por não dar instabilidade nas curvas  etc e tal. Instabilidade é uma coisa bem relativa, por ora ser bom ou ruim. Prefiro o risco de um pneu careca, e assim sentir-me flutuando como um astronauta em uma atmosfera sem peso , e por isso, absorto e livre para voar fora dela. Prefiro o cuidado que tem-se que ter ao fazer uma curva com um pneu careca, porque assim vou mais lento e percebo a paisagem, e com sorte, as nádegas de uma negra bonita balançando sem compromissos de nada e também por nada. Sobre as retas, o pneu careca perece flutuar como aquele astronauta mencionado em uma atmosfera distinta. O controle do carro é relativo, mas afinal quem falou que controle demais faz bem? Sou fiel aos pneus carecas pela soltura que ele me transmite quando pego meu Uno 2006 e corto a pequena e provinciana Salvador, e isso com rush ou não. Se a cidade é de merda o carro também tem que ser, alguns dizem. Não vejo dessa forma: a es...