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Glória

Glória , de Sebastián Lelio , Chile,2013. O elenco é encabeçado por sua protagonista: Paulina Garcia, sendo esta premiada pela interpretação com o prêmio de melhor atriz com o Urso de Ouro no último festival realizado em Berlim de 2013. A nossa protagonista é uma mulher solitária de 58 anos de idade, ativa ainda no mercado de trabalho, mas já sente que a terceira idade bate em sua porta. Como morava sozinha, pois era divorciada e os seus dois filhos já eram adultos e tinham suas respectivas famílias e moradias, esta jovem senhora passa a freqüentar bailes para a chamada terceira idade. Em uma dessas idas conhece um jovem senhor ( um pouco mais experiente que ela até ) que se encontra em processo de divórcio recente de apenas um ano de acontecido. Glória que era não só o nome do filme, mas também o nome da sua protagonist, resolve então tentar um namoro com esse senhor que gostava de dançar também, assim como ela. Por sorte de ambos a química na cama do casal é excelente de modo que con

L’enfant d’ en Haut ou Minha Irmã.

L’enfant d’ en Haut ou simplesmente em bom português: Minha Irmã , com direção de Ursula Meier,França, Suíça, 2012. O filme foi Urso de Prata no Festival de Berlim daquele ano, e ainda conta no elenco com o ator mirim Kacey Mottet Klein em estupenda atuação e também com a renomada atriz que fez o premiado filme este ano em Cannes: Azul é a Cor Mais Quente( Léa Seydoux). A estória é a seguinte: Em uma estação de esqui de luxo nos Alpes Suíços um menino descolado de 12 anos vive com sua irmã desempregada( Léa Seydoux) nessa estação turística, mas especificamente na parte baixa dela ou na cidade que abastece a estação, que fica na parte de cima onde os turistas se hospedam. A relação dos irmãos é um pouco estranha e fria no início do filme, mas no decorrer dele diagnosticamos um significado real para esta relação ser assim, digamos tão distante ou não-padronizada. Sua irmã que tinha idade para ser sua mãe era sustentada pelo seu único irmão de 12 anos, ou seja, era mantida por uma crianç

O lobo de Wall Street

O lobo de Wall Street ,de Martin Scorsese, EUA, 2013. Não há como fazer uma bela omelete sem quebrar alguns ovos, como já diz o ditado. Podemos estendê-lo tal ditado para uma vida profissional de sucesso, ou em outras palavras, não dá para entrar no jogo ou esquema sem atropelar seus oponentes. Para estar no topo da sua “cadeia profissional” a dita “normalidade padrão” tem de ser jogada no lixo, ou mais uma vez em outras letras, é necessário que você esteja acima dos seus oponentes também no quesito intuição para fechar antes um negócio atrativo que os outros. Pois bem, e como o protagonista do filme consegue esse “algo mais” para tornar-se diferente dos outros? Respondelhie-i: com drogas, e muitas por sinal para que seu estado intuitivo e criativo se expanda e saia então da dita personificação normal ou estado normal vegetativo, o tornando assim mais rápido e sagaz no competitivo mundo dos negócios, em especial na bolsa de valores de Wall Street. Neste caso verídico contado no filme o

Clube de compras Dallas

Clube de compras Dallas , de Jean-Marc Vallée, EUA, 2014. Baseado em fatos reais o filme conta o drama de um Texicano soropositivo para o HIV em 1985 quando o vírus começara a “dar as caras “ em solo do Tio Sam. Quem já teve algum parente próximo com enfermidades em que a ciência ainda não descobriu a cura, terá certamente uma outra percepção do filme por lembrar a fraqueza física e ao mesmo tempo, a fortaleza espiritual de entes queridos por doenças sem cura, sejam esses de câncer ou de AIDS. Fato é que a atmosfera do filme tem a toada dessa sublime camada emocional onde toda tentativa é pertinente já que não existe mais nada a perder. O ar do filme nos envolve pela doçura que transcende seus personagens os transformando em anjos e dando lições de humildade aos não doentes e sempre nos lembrando que a vida é apenas uma só. Quando se está a beira da morte o mais natural é que tentemos lutar para continuar vivos, entretanto o filme selecionável ao oscar vai mais além disso através do se

Doze anos de escravidão

Doze Anos de Escravidão , dirigido pelo concorrente ao Oscar, o britânico Steven McQueen e produzido por Brad Pitt, USA, UK, 2014, e ainda baseado numa estória real. O filme ganhou o Globo de Ouro esse mês e por isso é o favorito ao Oscar de melhor filme já em março. A questão da escravidão ultimamente tem sido usada como tema para propensos filmes candidatos ao maior prêmio industrial cinematográfico norte-americano. Basta lembrar o ano passado com o sangrento Django Livre do Tarantino que concorreu, mas não levou. Esse ano teremos: 12 anos de escravidão e veremos no que vai dar no Oscar. Fato é que política e cinema sempre andaram juntos, sendo que a política influencia o cinema industrial de forma categórica. O fato de o presidente Barack Obama ser o primeiro presidente negro dos EUA, já nos serviria como argumento para vermos tantos filmes com o tema: Racismo. Entretanto se, e somente se, focarmos nesse filme concorrente ao Oscar perceberemos o tão diferente foi o processo de escra

Ninfomaníaca - Volume 1

Ninfomaníaca - Volume 1, dirigido e roteirizado por Lars von Trier, Dinamarca, Alemanha, 2013. É um tanto quanto tenebroso escrever sobre metade de um filme que por questões comerciais teve de ser lançado desse modo. Mas como o filme é muito bom vou correr esse risco. As distribuidoras de cinema não contentes em dividir o filme pelo meio ainda tiveram a “ sacada comercial” de tirar as cenas de sexo explicito mais escancaradas. Ainda assim o filme continua a ser bom ( agora melhor seria ver ele completo e sem cortes, disponíveis somente em festivais europeus de cinema, mas é o que temos, ou seja, ver uma metade ). Tido como “ persona non grata” no último de festival de Cannes por o diretor Lars von Trier cometer a gafe ao dizer:“eu entendo Hitler depois de ter feito meu último filme”. E o diretor não para por aí com suas excentricidades: para ele, ele mesmo se acha o maior diretor de cinema do mundo ( e nesse ponto tem certa razão, se não for o melhor está entre os três melhores atuais

Alabama Monroe

Alabama Monroe , dirigido e roteirizado por Felix Van Groeningen, Bélgica, 2012. Um filme decente, apaixonante, tocante e verdadeiro; Com tais predicativos poderíamos resumir o provável ganhador de filme estrangeiro no industrial prêmio do Oscar desse ano. O filme Belga ( sim: a Bélgica faz excelentes filmes, não só esse ) nos coloca dentro das estórias dos seus personagens logo de início e somos guiados por eles até o final com certa angústia dentro do peito no que consiste na tentativa de uma explicação pertinente e sensata sobre a origem da existência humana. Temos como fios condutores do filme um casal de cantores de bluegrass, uma vertente do Country Music , formado por Didier (Johan Heldenberg) e Elise (Veerle Baetens). Eles se conhecem por obra do destino ( será que de fato existe destino? Essa é uma das muitas indagações existências do tocante filme ) e se apaixonam perdida a ardentemente gerando um frenesi de cenas quentes e sensuais. A completitude, a entrega de um para com o