Como jornalista baiano, penso que conclui uma importante jornada do meu oficio, que fora ler duas biografias de duas personas de peso , biografadas pelo diretor de redação do extinto Jornal da Bahia, dos anos 1960 a 1970, em pleno regime de ditadura militar, o João Carlos Teixeira Gomes, o Joca. Achei em um sebo da Pituba a biografia de ACM, e esta após lida levou-me a Glauber, esse vulcão. A anti- biografia de Antônio Carlos fora resultado de batalhas árduas entre os dois: um livrão com quase setecentas paginas que mostra a personalidade agressiva de um ACM ainda menino, oriundo de uma gangue agressiva do bairro do Campo da pólvora, em Salvador, onde o político já demostrava seu lado agressivo e o tempo só fora a comprovar tal personalidade, esta oposta do Joca: um homem das letras por vocação que sempre tentava encontrar o dialogo contra a violência e tirania; trocando em miúdos: batiam de frente pelo Jornal da Bahia ser o único veículo a ser contra os desmandos e alucinações de pode
Cangaço Novo , de Aly Muritiba, Brasil/2023. Para termos uma noção da relevância da série, ela foi a única, até hoje, a ser exibida no festival de cinema de Gramado, fato que tinha acontecido no festival de Cannes desse ano, com outra série: The Idol. Os festivais de cinema após a pandemia se renderam ao streaming, percebendo que se trata de um caminho sem volta. Cangaço Novo tem oito capítulos que giram em média cinquenta minutos cada, e todos os episódios já estão disponíveis na Prime Vídeo. O ramo de assaltos a bancos em interiores de médio e pequeno porte é o que aborda a série, ou seja, já sabida por todo e aquele brasileiro que é minimamente informado. O que me deixou curioso foi o fato de que a série não aborda o "novo" movimento de assalto , alinhada ao PCC ( primeiro comando da capital ), pois é também sabido que o grupo é o principal patrocinador do Cangaço, que nem é tão novo assim, vejo falar desses assaltos desde 2015, portanto com quase dez anos de sucesso, es
Mussum, O Filmis , dirigido por Silvio Gindane, Brasil/2023. O filme é chapa branca por ser chapa preta pela r reivindicação ao racismo estrutural no Brasil, afinal como a mãe, e posteriormente Mussum dizem no filme: “ burro preto tem um monte, mas preto burro não dá”, ou seja, tendo-se a consciência de sua negritude, do seu passado, não se pode vacilar uma única vez justamente pela falta de condições de igualdade racial na época de Mussum e que se perdura aos tempos atuais, sendo que no passadis o racismis era mais escancaradis, como se via em Os Trapalhões, e hoje o mesmo racismo é melindrado por olhares ou outras vias do tipo. A cinebiografia acerta em não caracterizar Mussum como bêbado, músico e palhaço, pois ele era bem mais que isso, a começar a ser um excelente filho, que alfabetiza sua mãe, inclusive. Depois de Grande Otelo, este que deu o apelido a Antônio Carlos Bernardes, de uma espécie de peixe liso, rápido em pegar as coisas no ar. Mussum foi o segundo preto comedi
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