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Trapped

Trapped,  do NetFlix, EUA,2017. Série islandesa de grandíssima qualidade começa com o aparecimento de um corpo, sem a cabeça e os membros, pescado por trabalhadores locais, de uma pequena cidade ao mesmo instante em que chega uma barca cheia de carros e pessoas na cidadela. Lógico que as autoridades locais, três para ser mais preciso, linkam o corpo com o envolvimento de pessoas que estariam vindos da barca. Começa então a investigação de quem seria o assassino, e paralelo a este fato, uma nevasca toma conta da cidade, de modo que esta fica ilhada, onde ninguém pode chegar ou tampouco sair. As personagens vão mostrando-se a cada episódio , temos: o pai que não aceita ter perdido sua filha caçula em incêndio misterioso em uma fábrica, um jovem que não consegue parar de se culpar pela morte dessa mesma menina, duas africanas de 17 e 13 anos raptadas para tráfico humano, e por fim o protagonista da série, que é o delegado da cidade: um sujeito taciturno, barbudo em excesso, em volta a...

Vencedores da edição 2017 - Panorama Coisa de Cinema

COMPETITIVA NACIONAL /// JÚRI OFICIAL LONGAS Melhor longa nacional: Pela janela , de Caroline Leone (Brasil/Argentina) Prêmio especial do júri: Baronesa, de Juliana Antunes (MG) Café com canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (BA) Menção especial pela linguagem inovadora: Música para quando as luzes se apagam, de Ismael Caneppele (RS) CURTAS Melhor curta nacional: Galeria F, quando a chuva passa, de Henrique Dantas (BA) Prêmio especial do júri: Vando vulgo Vedita, de Andréia Pires e Leonardo Mouramateus (CE) Melhor direção: Nada, de Gabriel Martins (MG) /// JÚRI JOVEM Melhor longa nacional: Café com canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (BA) Melhor curta nacional: Travessia, de Safira Moreira (RJ) Menção honrosa ao ator Khulani Maseko, do filme The Beast COMPETITIVA BAIANA /// JÚRI OFICIAL LONGAS Melhor longa baiano (dois escolhidos): Quilombo Rio dos Macacos, de Josias Pires Elogio à Utopia, de Caio Araújo CURTAS Melhor curta baiano: O arco do medo, de J...

Stranger Things – Segunda Temporada

Stranger Things – Segunda Temporada , do Netflix,EUA, 2017. O orçamento ganha robustez em comparação a primeira temporada. Cada episódio ganhou mais dois milhões de dólares para a sua produção. Ou seja: Na segunda temporada foi investido o valor de sessenta milhões de dólares. Em comparação a primeira temporada, que só conseguiu arrecadar quarenta e oito milhões; valor bom também para uma temporada de estreia. Todavia a série ficou mais cara por ter mais um capítulo, nove ao invés de oito.  Os irmãos Duffer: Matt e Ross; diretores e roteiristas da série já acertaram com o NetFlix, ao menos, mais duas temporadas, isto é, até 2019 teremos garantidos no final de cada ano uma nova aventura de nível acima da média em sistema de streaming. Antes de começar a assisti-la mencionarei alguns toques, ou macetes, para que, vocês, leitores, usufruam ao máximo a esta experiência sobrenatural. Primeiramente tentem “maratonar”. Ou seja: vejam as noves horas dos nove episódios em uma só sentada, o...

Premiados - Mostra 2017

Durante a cerimônia de encerramento da  Mostra , que aconteceu na noite desta quarta-feira (1º/11) no Cinearte, foram anunciados os ganhadores da edição. O documentário chileno  O Pacto de Adriana , da diretora Lissette Orozco, foi o vencedor do Troféu Bandeira Paulista —o filme foi escolhido pelo Júri formado por Diego Lerman, Eran Riklis, Henk Handloegten, Luís Urbano e Marina Person. Veja, abaixo, a lista completa. Prêmio do Júri - Melhor Filme - Competição Novos Diretores O PACTO DE ADRIANA , Lissette Orozco - Chile Prêmio do Público - Melhor Ficção Internacional COM AMOR, VAN GOGH  , de Dorota Kobiela e Hugh Welchman - Polônia, Reino Unido Prêmio do Público - Melhor Documentário Internacional VISAGES, VILLAGES  , de Agnès Varda e JR - França  Prêmio do Público - Melhor Ficção Brasileira LEGALIZE JÁ  , de Johnny Araújo e Gustavo Bonafé - Brasil Prêmio do Público - Melhor Documentário Brasileiro TUDO É PROJETO  , de Joana Mendes da Rocha e Patricia ...

Félicité

Félicité,  dirigido e corroteirizado  por Alain Gomis , França, Bélgica, Senegal, Alemanha, Líbano , 2017.   Esta produção foi a melhor que vi na Mostra SP; e não escrever o porquê, mas tenho certeza de foi ela, definitivamente. Trata-se de um filme sensorial, onde adentramos no universo da protagonista, que dá nome a obra. Felicité é uma mulher que vive da música e cultura noturna do seu país e de suas origens. O filme tem takes longos, de modo que isso ajuda a acompanhar e perceber cada sentimento dos personagens, cada respirar deles, ou até cada não ação que eles deixam de fazer pensando em consequências não tão boas. No inicio da trama temos a apresentação do conflito maior da eximia e cativamente protagonista: seu filho acidenta-se de modo e fica hospitalizado, seriamente. Félicité, prontamente, vai socorrer o filho sem pai, no hospital e é roubada, ficando sem dinheiro para o tratamento do filho, alias único, que beirava a faixa dos vinte. Começa então a jornada d...

Almost There – Quase Lá

Almost There – Quase Lá,  da diretora Jacqueline Zünd, Suiça, 2016. Esta semana temos um filme hibrido, meio documentário e meio “não” ficcionalizado, mas com narrativas criadas pela diretora-roteirista, fazendo da obra um documentário melhor se fosse somente um Doc sem nenhuma estrutura narrativa.  Não que essa estrutura tirasse a originalidade das vidas contadas, mas com uma organização maior no que concerne a qualidade a ser exposta, e consequentemente no resultado final mais agradável da obra. São ferramentas narrativas que em todo documentário tem, ou quase todos, e o resultado é bem melhor com este “acordo” entre os entrevistados e a direção que guia um documentário comum, mas esse não, pois a obra permite-se dar espaço ao acaso do destino na hora das filmagens, e isso faz toda a diferença na obra fílmica.  No caso específico da obra citada, não houve entrevistas, tipo: tem um microfone lá e a diretora faz perguntas: nada disso. O filme foi feito como uma estrutur...

Jupiter’s Moon

Jupiter’s Moon, dirigido por Kornél Mundruczó, Hungria- Alemanha, 2017. O filme foi selecionado para a Palm D’or ( palma de ouro) em Cannes, este ano. Pelo que li, existem duas críticas para o filme: a primeira trata o filme como risível, pra não escrever ridículo. Já a segunda interpretação para a obra a trata como sobrenatural de estupenda , onde o visão horizontal das redes sociais , que é a que impera no mundo atual, tem de ser mudada, e que as pessoas vejam o mundo na vertical. Ou seja: que as pessoas acreditem mais em seus impulsos e instintos e intuições, e que quebrem a barreira da mesmice do pensamento horizontal ou das redes sociais, como queiram chamar. Assisti ao filme e fico definitivamente no segundo grupo; no pensamento vertical, ao ar; todavia vamos ao filme húngaro. Antes de imagens temos um texto sobre as seis luas habitáveis em Júpter, e a mais segura seria uma lua chamada Europa; uma comparação infeliz para muitos, mas não pra mim, de que só na Europa decididamente...