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Oh! Rebuceteio

Oh! Rebuceteio é um lendário longa nacional de 1984, dirigido e atuado pelo Cláudio Cunha. Antes de começar a escrever sobre o filme temos que colocar os "pontos nos is" e explicar o que o título do filme siginifa de fato.Tudo bem que o título Rebuceteio possa instigar algum pensamento sexual, mas na verdade a palavra Rebuceteio significa uma confusão dentro da pequena área, no futebol, com vários jogadores tentando chutar a bola ao mesmo tempo, Termo criado pelo então cronista esportivo Luiz Lobo e tornado popular pelo cronista social Ibrahim Sued, que depois passou a grafar apenas rebu. Mas voltando a idéia do filme, que era preparar atores para uma peça de teatro, porém durante os ensaios o sexo grupal acaba sendo o exercício mais praticado. O fundador do teatro do oprimido, o genial e visionário Augusto Boal, sempre quando lhe é perguntado indica a fita para o processo de criação de obras teatrais. O humano crú, ou seja, a forma sem forma é o que norteia o...

Uma Família em Apuros

Por ser uma das atuais maiores bilheterias nos EUA fui conferir Uma Família em Apuros , Andy Fickman, EUA, 2013; e ver o atual gosto cinéfilo dos habitantes daquele país e olha que mais uma vez me frustrei. Com um roteiro pifiamente para uma família retardada , só pode ser isso, a fita tenta nos contar uma aproximação de um casal de avós para com sua filha distante e os três filhos que tem com um maridinho bastante superficial, assim como ela. Os tais avós são menos caretas, mas ainda assim cabem tranquilamente no termo retardado mesmo com toda liberdade que julgam ter por trabalharem com esportes ou seja qual razão tenha sido que o roteirista visse para criar os personagens. Fato é que se essa merda faz sucesso lá, então temos, ao menos a esse em que vos escreve, uma distância cultural gigantesca. O fato deles serem tão imediatistas pode explicar o sucesso da fita, mas ainda assim é pouco para me convencer de gostar de uma porcaria dessas. Talvez por não ter tidos filhos, ainda te...

Cazuza: o tempo não para

Com poesia do inicio ao fim , Cazuza: o tempo não para, co - dirigido por  Sandra Werneck  e Walter Carvalho , Brasil- 2004; que de tantos jargões e frases a serem seguidas, frases sábias por sinal, a fita é protagonizada pelo Daniel de Oliveira incorporando o nosso verdadeiiro herói nacional: Cazuza, o poeta number one of Brazil contemporâneo. Caetano disse ( ou Caretano ) e assino embaixo. A fita diz pra que veio e faz um remix da vida do cantor poeta que brincava de ser fel iz vivendo. Em determinada cena Cazuza já aidético que fazia uma farrinha com seus amigos e numa boa curtindo o final dos seus dias com alegria é interpelado, interpepcitado pelo seu pai que lhe diz: " Chega de festa, esses seus amigos são uns vermes, não prestam". Cazuza responde: " eles não prestam, eu também não e você ainda mais" . Os dois se abraçam e fazem dessa cena uma coisa reflexiva, iluminativa e antes de tudo poética.

O homem do futuro

O homem do futuro , escrito e dirigido por Cláudio Torres, Brasil, 2011; Impressionou-me positivamente. Um filme leve que brinca com física quântica assim como se brinca de amarelinha faz o protagonista de sua estória viajar vintes anos para trás e para frente a fim de modificar o seu presente que era uma merda. Para um final de domingo o filme encaixa-se como uma luva, pois ainda estamos mareados pela praia e pelo sol castigante   e começamos a sentir que o sono vem chegando ao começar da noite. A constatação final é de que algumas coisas são como merda, ou seja, quanto mais se mexe mais fede, assim como foi nesse filme, quando um professor de física solitário tenta voltar vinte anos atrás para recuperar seu amor através de uma cápsula do tempo que ele inventara. De fato ele consegue mexer no seu passado se tornando o nada mais, e nada menos intitulado o homem mais rico do Brasil, quiçá do mundo, porém se torna o homem mais ordinário e mau caráter do Brasil, quiçá do mundo. Então...

Jack Reacher – O Último Tiro

Espremerei ao máximo para resenhar uma fita onde o ainda não assumido e que insiste em ficar no armário ator Tom Cruise é o protagonista. Trata-se do filme policial Jack Reacher – O Último Tiro , Christopher McQuarrie, EUA, 2013. Sabe aqueles filmes que tem a pretensão de ser maior do que o seu roteiro? Este encaixa perfeitamente neste perfil. A trama expõe aos espectadores a chance de pensar, de colocar o tico e teco dos neurônios pra funcionarem, porém no meio da fita percebe-se que antes de qualquer desvendamento de assassinatos em pessoas supostamente comuns em um lugar público qualquer, a trama não tem contundência, falta-lhe cabimentos e respostas aos fatos ocorridos ou aos assassinatos cometidos. Ademais, o que vemos na fita é uma prisão por parte da estória no tocante em construir seus fatos e ações para única e exclusivamente o seu protagonista: Jack Reacher, vulgo Tom Cruise. Não pego no pé de ninguém, até mesmo porque não ganho nada para isso, mas como resenhista da sétima a...

The Last Stand

The Last Stand ou O último desafio, de Kim Jee-woon, com Arnold Schwarzenegger, EUA, 2013 Com frases típicas norte-americanas, como: “você pode ter certeza disso” ou “ você estragou minha folga” o ex-governador da Califórnia volta as telonas em grande estilo.Ele faz o papel de um xerife interiorano sessentão. Quando em determinada cena o perguntam como ele está depois de uma suposta briga, ele secamente responde: “ Old , velho para quem não sabe inglês”. O elenco é uma mistura de países de todos os continentes, sendo que o da América do Sul é o nosso Rodrigo Santoro, que a cada dia se sente mais a vontade em Holiwood. Nessa fita ele faz um ex-guerilheiro do Iraque e Afeganistão cheio de traumas   e rancores, mas acaba sucumbindo a ação da trama, ou seja, vai a porrada ou aos tiros para defender o seu distrito a entrada do sucessor de Pablo Scobar no ramo da cocaína. Por ser uma cidade de fronteira entre o México e os EUA, Arnold, Santoro e Cia Ltda sem a suposta ajuda do FBI e da ...

Lincoln

Lincoln , Steven Spielberg, EUA, 2013. O filme é profundo no sentido de expor as relações políticas no final do século XIX nos EUA. Não acho que o Daniel Day-Lewis mereça o Oscar de melhor ator como Lincoln, talvez o protagonista Jean-Louis Trintignant do filme Amor merecesse a estatueta . O que vale na fita é a aula de história norte-americana que temos em mais de duas horas meia de projeção e não a atuação dos atores individualmente falando. Outra coisa que frustra a maioria dos desavisados é que por se tratar de Spielberg, cria-se uma expectativa de um filme que tenha ação e aventura, e em Lincoln a coisa é bem mais reflexiva do que outros filmes do diretor. Talvez um filme que perceba e pegue a carona do primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América, pois conta a trajetória da décima terceira emenda, a fim de abolir a escravatura com os estados do sul contra. O filme acaba por fazer comparações com o nosso mensalão do governo Lula, visto que Lincoln em determinado moment...