Gertrud

Gertrud, de Carl Theodor Dreyer, Dinamarca, 1964. O filme é todo rodado em prol da sua protagonista, Gertrud. Por via dela vimos como reflexo outros quatro homens que compõe a trama, e de uma certa maneira estes são espelhos da protagonista. De inicio temos Bertrud casada com um político e apaixonada por um poeta, com o qual esta foge, mas não dá muito certo. Os planos sequencias do filme foram uma revolução no cinema da época da Truffaut e Goddard. Por ora mostravam a cena como um todo e quando queria focar em alguém ou algum objeto a câmera meio que desfocava a imagem e pegava somente o elemento; coisa inovadoríssima para a época. Todo em P&B, como não poderia ser diferente para a época, a narrativa do filme cativa porque mostra um emaranhado de personagens que giram em torno de uma só personagem: Gertrud. O filme tem uma conexão com o teatro bastante interessante também e a ideia do roteiro de focar em um só personagem é bacana porque percebemos o reflexo dos outros personagens e elementos fílmicos em prol da protagonista. A mensagem da poesia como o elemento maior de todas as artes és deveras interessante e faz com que fiquemos pensando nesta indagação durante muito tempo acerca no que é ser poeta; se é uma escolha ou uma imposição existencial. Quem poeta é sabes a dor e dissabores de sê-lo.

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