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CV atualizado

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 Sou Diogo Barreto Berni (diogoberni@yahoo.com.br), nasci em 29/11/1977, em Salvador. Contato: 9928-4402 Conclui o curso de Administração de Empresas em 2006, na Universidade Católica de Salvador a atualmente curso Língua estrangeira moderna-Inglês, quinto semestre, na UFBA, pelo turno matutino e também pós graduação em Comunicação Estratégica na faculdade de comunicação na UFBA (online) e será concluída em dezembro de 2021. Tenho experiência em duas áreas específicas: Na leitura, seleção, organização e armazenamento de notícias na mídia eletrônica, responsável pela montagem de clippings para a Prefeitura de Salvador, agências de publicidade, partidos políticos e outros, desde 2004. Na produção e controle administrativo de eventos, ações promocionais e culturais (elaboração e acompanhamento de fluxo caixa e de relatórios gerenciais, cotação de preços, contatos com clientes e fornecedores, apoio à produção externa etc.) Empresas onde trabalhei: Colunista de cinema do si...

Pan-Cinema Permanente

  Pan-Cinema Permanente, de Carlos Nader, Brasil/2021. Conhecia o protagonista do documentário superficialmente porque não fazia questão de estar na mídia, e acho que ele foi o Glauber Rocha da poesia. Segundo Caetano, Waly foge da loucura, encenando; e talvez por isso ele fosse um pouco exagerado o tempo todo. Na mostra "Panorama Convida", inédita e que venha pra ficar, No festival Panorama Coisa de Cinema em sua décima sexta edição. Quando digo que venha pra ficar porque tal janela, de certa maneira, sintetiza todas as outras janelas para fechar o dia de festival com chave de ouro.

Ventania no Coração da Bahia

Ventania no Coração da Bahia   , dirigido e montado por Tennile Bezerra, Ba, 2021. Existe um pequeno limiar entre espiritualidade e loucura. Como ser com sensibilidade, prefiro acreditar no espírito porque alivia a dor, mas não desmereço quem não acredita em nada: trata-se de uma questão pessoal. O curta de 25 minutos , ou seja quase um média, da Tennile fala da festa de Santa Bárbara em Salvador e conta a história do surgimento do evento comemorado todo mês de dezembro. O curta mergulha na questão da religiosidade, e a pessoa mergulhar nisso, desprovida de ego, se torna um baita desafio. Aí que entra a comparação entre fé e loucura. Só os loucos tem fé, e talvez por isso são mais interessantes que pessoas que desacreditam. Quando pessoas que tem fé, mas que tem loucura também, e isto é mais comum do que se imagina, se encontram em festas cujo principal objetivo é endeusar uma entidade, aí as coisas podem ficar sem controle, o que nos conta a organizadora do evento, na Baixa dos Sa...

O Amor Dentro da Câmera

  O Amor Dentro da Câmera , de Lara Belov e Jamille Fortunato, Bahia,2021. "Hippie não bebe e nem pensa em aposentadoria, mas fuma maconha"; dentro deste contexto Orlando e Conceição Sena se mostram , se desnudam neste documentário inédito e estreando no Brasil no XVI Panorama Coisa de Cinema, este ano de modo online e disponível a qualquer cidadão brasileiro que esteja neste solo. Segundo Orlando existia três opções para o casal hippie no inicio do seu relacionamento, que são elas: ir para o exterior, ou poderia ir para o Capão segundo Conceição, mas Orlando prefere "levantar bandeiras" nas ruas, com a discordância de Conceição que agora , com a idade física avançada, seria melhor para o casal "levantar bandeiras" pelo zap , Orlando não a responde. A questão de existir ou não um mundo espiritual, além do que vemos, mostra-se presente em todo o doc, e tal espiritualidade chega a questão das almas gêmeas, porque Orlando e Conceição sem dúvidas são almas gêm...

Antena da Raça

  Antena da Raça , dirigido e roteirizado por Paloma Rocha e Luís Abramo, Brasil/2021. Selecionado para o festival de Cannes de 2020, o filme é: Glauber em estado de nitroglicerina pura! Obviamente uma obra feita na montagem, nos mostra um Brasil atual na época de exílio de Glauber em Portugal em 1977, ou seja, na ditadura militar. Mas porque o filme é extremamente atual? Primeiro porque temos um presidente forjado e moldado, a fogo e a ferro, pela milícia carioca. E milícia e ditadura se conversam , embora ambos os lados se dizerem exatamente o contrário um do outro. Fato é que se formos comparar o presidente atual com a ditadura , ele consegue ser pior, pelo fato das forças armadas ainda terem a questão de "proteger" a pátria e os patriotas, e por isso adorada pelo povo. Bolsonaro não tem essa áurea: até do exército ele foi expulso por querer jogar uma bomba no seu quartel. Ele é milícia 100 % na veia, e isto é fato, e milícia é um exército capitalista e não patriota: por i...

#E Agora o Que

  #E Agora o Que , dirigido por Jean-Claude Bernardet / Rubens Rewald , SP/2020. O filme inicia-se com um diálogo entre o Jean Claude Bernadet e uma menina: “ Este jogo é de matar?”, ele pergunta, e arremeda: “e você gosta de matar gente?”; a menininha reponde: Sim , eu adoro matar gente! A frase : “ seja marginal, seja herói”, de certa forma sintetiza a provocadora obra fílmica, mas vamos mais além. Pra mim, o motoboy é o símbolo do capitalismo, porque consegue abranger todas as classes, quando um serve e outro é servido, por necessidade de ambas. A pessoa pede porque está com fome, e a maior parte das vezes a fome é uma necessidade emocional da cobrança de um sistema servil onde você tem que literalmente correr atrás do pão de cada dia. Ou seja: seu corpo não tá pedindo comida, mas a ansiedade de um trabalho mal ou não entregado te faz ter insônia, e no dia seguinte você rende pouco, e por isso tanta grana gasta com o Ifood, até mesmo porque se você não comer é pior ainda , porq...

Voltei !

  Voltei ! , dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicásio, BA/2020. concorrendo na 24 Mostra de Cinema de Tiradentes – 2021, abrindo o calendário brasileiro dos festivais de cinema . O ano é no futuro e o Brasil encontra-se em uma crise elétrica nunca dantes vista. Como em uma peça de teatro, duas mulheres conversam a luz de velas. Uma quer mijar e a outra a pirraça, contando seus podres, dizendo como ela mijava na avenida sete no carnaval. Não sei se cabe a comparação, mas lembrei dos filmes de Bergman em muitos momentos, por ter diálogos retos e concisos, e mostrando como em momentos de pensamentos de: “e agora, o que faço pra me dar com isso? Já que está tudo acabando e tudo está acabando comigo..”. Uma terceira personagem, mulher também, entra na narrativa escura de fim de mundo: uma prima que já julgavam como morta, aparece do nada e a conversa fica mais afiada , e interessante, ainda. Conta como foi seu caso com o governador, ao fundo ouvimos um radinho de pinha contando as última...