Postagens

Marcas da vida

Marcas da vida ( Sunlight Jr. No original ), dirigido e roteirizado por Laurie Collyer, com Naomi Watts e Matt Dillon, EUA, 2013. O filme é humano, emotivo, autentico e pesado; Mas não deixa de ser um retrato, meio diferente um pouco, das nossas relações atuais. O filme nos mostra a estória de um casal completamente normal, se pessoas de fato ditas como normais existissem realmente: Não: elas não existem, pois de perto ninguém é normal, como já diz o jargão popular. A peculiaridade do casal que dá corpo a obra fílmica, além de não serem normais obviamente, é de o homem ser um paraplégico por conta de um acidente de trabalho no ramo da construção civil, pedreiro mesmo, e este viver precariamente com o auxílio do governo por sua inaptabilidade para o trabalho, e para completar sua renda contava ainda com uns trocados da sua namorada: Uma típica estadunidense que não ligou para seus estudos e por isso trabalhava como caixa de uma loja de conveniências. Quando mencionei que o filme retrat...

A entrevista

A entrevista , dirigido duplamente por Seth Rogen e Evan Goldberg, EUA, 2014. Ridicularizar qualquer ditador não é uma tarefa muito difícil, basta o colocar no seu devido pedestal de mandatário-môr e pronto: A piada já está feita! Pois nos dias de hoje parece-me que já não exista espaço, ou talvez não devessem existir mais lugares para ditadores. Todavia como o mundo é cheio de pessoas diferentes e culturas, e por isso complexo, ainda temos muitos chefes de estado com tal petição mandatária, haja vista países como a China, que tem um regime comunista e um mercado misto e com um ditador, por sinal. Entretanto o país a ser focado hoje é a Correia do Norte ao lado do seu excêntrico ditador: Um sujeito aficionado por basquete e cinema. A comédia estadunidense teve, ao mínimo, três estreias adiadas por supostas ameaças de retaliações por parte do ditador norte-coreano. Mas vamos direto ao enredo do filme. Pois bem, trata-se somente e apenas do fim do mundo; Calma, explico-lhes: Na comédia o...

Timbuktu

Timbuktu , dirigido por Abderrahmane Sissako, Mauritânia, 2015.O filme concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não levou, entretanto ainda assim é uma bela obra fílmica é merece ser conferido. É verdade que certo momento o filme peca por muitos silêncios, mas talvez seja um dos trunfos o tal silencio, onde acabava falando mais que seus personagens monossilábicos. Fato é que não estamos acostumados a ter paciência em assistir filmes contemplativos, talvez pelo fato de termos cultura , religiões, trejeitos diferentes dos personagens do filme. As duas horas de filme se passam em uma cidade desértica abandonada com poucos habitantes . A cidade que tinha o mesmo nome do título do filme não tinha prefeito, policial, hospital, ou tampouco escola. As pessoas viviam sob o comando de islâmicos radicais senhores da lei, e que eram ao mesmo tempo seus médicos, juízes e policiais das pessoas daquela pequena vila arreiada no meio de um deserto com belas paisagens africanas. Apesar de se...

Dois lados do amor

Dois lados do amor ( qual lado ?) , Ned Benson, EUA, 2015. Pare por um instante e pense em um filme muito ruim que assistiu... Pensou? Pois então, te garanto que este é pior que o seu. Trata-se de um típico filme de cineasta estreante, e este com a famosa “Síndrome de Godardzinho” acaba dando um passo maior que a perna e logicamente cai de cara no chão.Cada um faz o seu, eu no papel de crítico de cinema arrebento a boca do balão quando o filme não diz nada com nada e espero contribuir para o insucesso do filme em bilheteria. Se a obra tem valor não me falta generosidade em criticá-la positivamente. O cinema é um teto de vidro: Se alguém faz merda e ainda consegue lançar o filme os críticos tem deveriam ter, o dever de informar ao público que trata-se de coisa chula e desnecessária de conferir. É assim que funciona e assim deve ser tratadas obras como essas quando passamos longos 120 minutos onde não temos nem sequer uma mínima hipótese de que algo ligasse com alguma coisa. Aí me pergu...

Mil vezes boa noite

Mil vezes boa noite , dirigido por Erik Poppe, Noruega , Irlanda , Suécia , 2014. Segundo o espiritismo existe uma alocação de valores para cada pessoa se juntar com outra e assim formar traços parentescos. Isto não acontece como um jogo de loteria, por exemplo. Os espíritas creem até em vidas passadas de segundas, terceiras, ou mais gerações para uma pessoa ter parentesco com aquela outra pessoa. Incomum não é acharmos parentes próximos que não se embicam, e a tese espírita explica que para estes casos, que são mais comuns que imaginamos, existe um tipo de divida do passado, um tipo de pedágio que temos de pagar neste plano a fim de resolver pendengas antiguíssimas. Este crítico também pensa desta forma; Tudo tem um porque e tal porque sugere algumas consequências. Os mais crentes nas teses de Alan Kardec acreditam piamente que nossos parentes mais próximos são os nossos principais obstáculos na vida, pois se fomos unidos neste plano com tal próximo grau de parentesco é porque algo de...

O Abutre

O Abutre , de Dan Gilroy ,com Jake Gyllenhaal, EUA, 2014. O filme foi tido como a principal injustiça do Oscar este ano, e com razão. No mínimo o protagonista do suspense psicológico teria que estar entre os melhores atores, e ainda de quebra colocaria para concorrer como melhor roteiro também, e isso no mínimo, pois estão bem melhores que os indicados nas categorias roteiro e edição de som. Enganos ou injustiças à parte O abutre nos faz, nós jornalistas, sair do filme pensando em certos valores éticos da profissão; Até que ponto o jornalista pode chegar e não ultrapassar a privacidade alheia? Isto está em jogo na trama cheia de violência psicológica, e talvez por esse motivo, tenha um bom roteiro. O protagonista do filme é um desafortunado e infeliz roubador de fios elétricos públicos, ou seja, era nada mais ou menos que um ladrãozinho de araque, porém bem menos perigoso que nossos ladrões profissionais de Brasília, pois estes quando resolvem roubar não se contentam com pouca coisa co...

A teoria de tudo

A teoria de tudo , dirigido por James Marsh e roteirizado por Anthony McCarten , EUA, 2015. Não é todo dia santo ou até não santo mesmo que se nasce um gênio. O ator Eddie Redmayne que interpreta o famoso e importante físico Stephen Hawking é a principal aposta de muitos pra levar a estatueta de melhor ator principal do Oscar 2015. A sua cinebiografia foca na vida deste magnânimo físico reconhecido mundialmente e até hoje com 73 anos, ele ainda se encontra lúcido e acima de tudo produtivo para com os avanços da física moderna. Além de a obra focar no protagonista e nas suas principais descobertas importantes para o mundo físico, ou seja, o nosso; pois vivemos em um mundo físico, palpável ou estou enganado? Fato é que o pioneiro físico abriu as mentes do mundo com suas teses de realidade paralela, cômica ou metafísica, assim como preferirem chamá-las. O cara foi um dos mais importantes nomes das ciências de todos os tempos por sua sensibilidade em perceber que o mundo é bem mais ( e col...