Eros

Eros, dirigido por Rachel Daisy Ellis, Brasil/PE, 2024. Por ser seu primeiro longa metragem, a diretora brasileira-britânica não achou um técnico de som direto eficaz na etapa de pós produção, resultado: sons inaudíveis, principalmente os dos homens, o que salva é o tema escolhido pela diretora, e o modo como ele foi consentido. O personagem principal do doc-ficional é uma das instituições mais populares do Brasil que são os motéis , estes com suítes de todos os gostos e bolsos. Os personagens secundários são as personagens, e esses são tão interessantes como os motéis pelo fato de a diretora dar carta branca para eles próprios, na maioria elas próprias, se filmarem dentro dos motéis. A diretora sugeria temas, todavia o resultado era totalmente de responsabilidade dos frequentadores, estes por sua vez, eram diversificados em aspectos de gênero, estilos e até evangélicos toparam a ideia proposta do filme. A diretora se defendeu após a sessão quando indagaram que o filme era mais ficção do que documentário, afirmando que as personas tinham total liberdades para fazer suas narrativas na hora H, ou antes ou após o orgasmo preterido por todos: sejam aqueles que atuaram ou assistiram, afinal o desejo sexual é um presente de Deus, já afirma o Papa Francisco. Os evangélicos, da assembleia de Deus, uma das igrejas mais radicais que existe no Brasil, falam que para entender o “senhor”, é preciso ir as profundezas do inferno, este que seria os prazeres carnais sem fins de procriação. Tais prazeres, segundo os evangélicos, são radicalmente permitidos todos que os vinherem a cabeça, ou seja, de um modo geral os evangélicos arrumam tal desculpa para se permitirem fazer o que lhe bem entendessem, com a finalidade de chegar mais próximo possível ao senhor: oi seja, trata-se de uma tremenda hipocrisia respaldada pelas igrejas evangélicas mais radicais: quanto maior for o pecado , maior será a chance de se chegar a Deus, distorcendo totalmente a Bíblia ou nem tanto ja que esta dita cuja têm inúmeros modos de analisa-la,e portanto permite que as interpretações sejam também inúmeras/infinitas. Todavia a pergunta que não quer calar é: se a bíblia permite tantas interpretações, qual delas é a verdadeira, se é que existe de fato alguma verdade nela. Falando ainda de personagens tínhamos os casais homoafetivos, os mais maduros e até um drogado que frequentava o motel com garotas de programa pra cheirar e transar, obviamente. Considero que o filme se encaixa mais para documentário do que ficção, embora há quem não ache, e de fato um técnico de som bom na pós produção faria do filme melhor do que foi como produto que se apresentou. Filme visto no panorama internacional coisa de cinema em Salvador que ocorre durante 14 a 20 de março. Somente mais um adendo sobre o filme: Eros e Ego são como irmãos gêmeos siameses: pelo fato de que para um nascer, o outro é obrigado a morrer.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns pelo conteúdo. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽

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