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Mostrando postagens de dezembro, 2017

A Hora E A Vez De Augusto Madraga

A Hora E A Vez De Augusto Madraga, dirigido por Vinicius Coimbra, Brasil, 2015; elencando João Miguel como o dito cujo. Não é, definitivamente, para qualquer um embrenhar-se no universo de Guimarães Rosa: é preciso muita força de vontade para esse feito, que, sem dúvida te elevará a outro patamar. Este conto é o último, de um total de nove, do livro Sagarana. Alguns dizem, e assino embaixo, que Sagarana é o menos complexo livro do autor, e por isso é o indicado livro a começarmos a dissecar o mundo do maior escritor brasileiro, tirando Machado de Assis. Entretanto focaremos em a hora e a vez de Augusto Madraga; pois bem: pensa num cara valentão e que enche de medo todo mundo, pensou? Então enxergastes o próprio Madraga. Todavia um evento acontece, e um montão de jagunços de um fulano desgraça totalmente o protagonista, inclusive com direito a morte matada. Sua esposa o trai, de modo que sua única filha torna-se puta mais adiante. Porém por hora, Augusto Madraga é tido como morto,

Barba, Cabelo & Bigode

Barba, Cabelo & Bigode,  dirigido, argumetalizado e roteirizado por Lucio(sem acento) Branco, Brasil, 2016. Neste Doc., de 145 minutos, temos dois personagens: Paulo César Cajú e Afonsinho, ambos originários do Botafogo Futebol e Regatas, porém um é negro e estourado e outro, branco e mais refinado, em um país sob regime militar. O branco, Afonsinho, em determinada época torna-se barbudo. Simbolo este, ou seja, uma barba sem fazer ou por falta de uma feitura “gilestística” em arpar pelos faciais que Afonsinho não abre mão por ser a sua resposta ao regime ditatorial imposto, sem vaselina, no Brasil da época. Com aquela barba grande Afonsinho dizia: "Vão para os raios que os parta esses verdinhos de capacetes brancos( vulgo militares ). Não vou me render a vocês nem a pau, e vão se lascar, também antes que me esqueça". Afonsinho é punido e perde o contrato com o Botafogo, mas fica bem na fita com a "Causa" , e com o ensolarado Rio de Janeiro e suas gatas. O caso

1982

Era Pequeno, 4 anos pra ser mais específico. Por isso lanço insigths de uma memória dessa idade. Lembro que já existia um clima de “já ganhou”, por parte da seleção brasileira de 1982, na copa da Espanha. A Itália, boa de defesa, bateu a “imbatível” seleção do Telê, com três gols do Paulo Rossi, mas vamos as lembranças daquele factidico dia. Primeiramente foi pular uma Copa e chegar no México, em 1986. O Brasil jogava as quartas de final contra a França do Platini e eis que uma penalidade máxima surge e Zico vai bater na gorduchinha. Eu, com meus já altos 8 anos de idade, chorava e gritava: Tem que ser Zico, é Zico que vai cobrar o pênalti né meu pai? Ele assente com a cabeça, mas continua firme e sem sorrir. O Zico, que estava bichado do joelho, bate e o goleira gaulês defende uma bola que ia no centro do gol. Após isso o jogo vai aos pênaltis , e Platini continua na Copa, nós não. Pois bem: tive que pular uma copa para chegar, ou voltar, na de 1982, na Espanha. Traumas ficam para se

O Rei Do Show

O Rei Do Show , dirigido por Michael Gracey,  EUA, 2017. Fui ao cinema crente que iria assistir a um filme sobre os meandros do entretenimento, e eis que afrontar-me-ei com a erudição, em forma cantada, com a trama de um empreendedor em particular, personalizado pelo ator australiano e eterno Wolverine: Hugh Jackman.  Baseado em uma história real, a do ambicioso e imaginativo P.T. Barnum; o musical nos joga no início dos anos 1800, ou seja, século XIX, num Estados Unidos super “apairthaido”. Ou seja: sujeitos, tais como: anões, mulheres barbadas, pançudos ao extremo, pessoa(s) siamesas e negros, eram as escória da sociedade estadunidense da época, onde não era vistos com bons olhos pessoas nobres se misturarem com esta gentalha. E pior: os próprios parentes destes “ seres estranhos”tinham vergonha deles, de modo que todos viviam isolada e clandestinamente a fim de não envergonhar parentes com os logotipos que Deus os deu. Mas para um filho de alfaiate, com o sangue nos olhos, tais “se

The Crown - Segunda Temporada

  The Crown – Segunda Temporada , da NetFlix, 2017. Quem estiver esperando uma conexão entre The Crown e House  Of Cards, pode perder as esperanças, pois nada têm a ver: uma com a outra por uma ser fictícia e outra não. Segundamente The Crown tem um orçamento gigantesco, para se ter uma noção, a primeira temporada foi a mais cara da Netflix, e nesta segunda temporada, The Crown ainda mantém-se com um dos maiores orçamentos da NetFlix. E com tanto dinheiro em jogo, esperava-se o mesmo, ou melhor, resultado ainda do que o da Primeira temporada de The Crown. A série não chega a ser melhor do que sua primeira temporada, mas isso se deve, talvez, aos elementos políticos ocorridos entre 1950 a 1960. Na segunda temporada não temos mais a segunda guerra mundial, nem tampouco o primeiro ministro inglês: Winston Churchill com seu indecifrável charuto numa barriga, digamos assim bem beliciosa. Por incrível que pareça se a segunda temporada teve um mérito, este não veio em personagem ou lugar alg

Star Wars – Os Últimos Jedi

Star Wars – Os Últimos Jedi, dirigido por Rian Johnson, EUA, 2017. Comparando-se com o penúltimo filme da saga, Star Wars : O Despertar da Força, este: O Último Jedi, é bem mais longo e pobre também, e isso tratando-se de direção, assim como roteiro também. Os atores é um caso a parte: continuam bem, assim como seus figurinos. Eu amo Star Wars, a saga foi criada no ano que nasci(1977) pelo polêmico George Lucas, e por amar tanto a saga intergaláctica, confesso que, é com pesar no coração, que escrevo: não gostei  dos longos cento e cinquenta minutos de projeção. Acho desnecessária a medida  dos atores, sem muita importância aparente até então, e que ganharam mais corpo no filme, e no fim das coisas não se faz muita diferença em estarem vivos ou mortos, pois sempre serão coadjuvantes, e além do mais o filme é moroso , e com um roteiro raso que não se enamora com os últimos filmes da saga. Assim fica difícil indicar tal filme, Na verdade, filmes de saga tem sempre a esperança de voltar

Touro Indomável

Touro Indomável,  dirigido por Martin Scorsese , 1980, EUA. Quando somos embriagados em nossas infâncias com filmes de lutas como os Rocks e suas inúmeras continuações: Rock I ,o melhor, II, III, IV, V , VI !, parece que os roteiros são originais; que nada:todos os Rocks, ou melhor, a síntese de todos os Rocks está neste filme com o Robert De Niro , fazendo  um boxeador, atuação esta que, de tão estupenda, lhe rendera o Oscar, com louvor. O filme narra à estória, do início de carreira até o seu fim, do boxer De Niro: uma fera dentro dos ringues, e que infelizmente, o seu lado bestial é levado a sua vida civil, principalmente com sua esposa: uma bela loira do seu bairro : O Bronks de uma Nova Iorque, em P&B, dos anos 1920 até 1950. Através deste recorte da vida do lutator, Scorsese nos dá uma chance em avaliarmos o nosso grau de ciúmes a nossa companheira (o). O protagonista pira de ciúmes e isso arruína sua carreira, mas as suas ações que degringolam na “indomação “ do seu caráter

Com Amor, Van Gogh

Com Amor, Van Gogh,  dirigido por Dorota Kobiela e Hugh Welcham, Polônia/ Reino Unido, 2017. Peço, encarecidamente, que um santo baixe em mim agora, a fim de fazer um texto bacana. Pois bem: Van Gogh, todos conhecem como um suicida que morre aos 37 anos por um tiro na barriga dado supostamente, por ele. E isso é verdade mesmo, ele se mata e o que os “geniais” diretores fazem: Tentam, o filme INTEIRO, dizer ou afirmar que Van Gogh foi morto por seu médico,  por motivo de Van Gogh roubar o coração da filha; esta que para o médico “louco” não poderia ser mais de ninguém a não ser seu criador, ou melhor : o esperma do médico, ou seja, seu pai; que com seu pau desejava a filha; uma versão oposta de versão edipiana , ou melhor: nem tão oposta assim, na verdade: a mesma versão, mas só invertida sexualmente, antes era a mãe e o filho; agora é o pai e a filha. Pois bem, novamente: no fundo no fundo, dez entre dez críticos se retaram com o filme pelo seu roteiro; sim: eles têm razão, o filme, d

Timão

Filho de um paulista com uma baiana tinha tudo para ser um corintiano convicto ou roxo por influência pela parte do pai. A tal influência paterna não veio, e pior, acabei escolhendo o São Paulo para torcer naquele estado, que era , e é ainda importante para minha pessoa. Já que não rolava nenhuma pressão pra ser corintiano, nem por parte de mãe nem do outro lado, me tornei flamenguista por dois motivos principais: O primeiro se chamava Zico: era tão fã desse gênio que meu quarto era todo empacotado de imagens suas em todas as paredes e cantos que podia colar um pôster seu: do Galinho de Quintino. Zico foi o símbolo , junto com Falcão e Sócrates, da seleção brasileira ou qualquer seleção do mundo em todos os tempos, claro que refiro-me a seleção de 1982, onde esta não ganhou a copa, na Espanha, porém tornou-se a mais inesquecível para os amantes do futebol de todos os tempos. Talvez seja mesmo por isso que o futebol possa ser taxado por arte: por futebol-arte, diferentemente dos outros

Não Existe Lar Se Não Se Há Para Onde Ir – Human Flow

Não Existe Lar Se Não Se Há Para Onde Ir – Human Flow, dirigido e “roteirizado” pelo chinês Ai Weiwei , Alemanha/EUA,2017.  Todo ou qualquer roteiro deve ou deveria existir um foco narrativo, no entanto este documentário, em especial, foca em multidões, nas migrações por questões político-religiosas, escreveria mais religiosas que políticas, diria que oitenta por cento das vezes quando uma pessoa ou a família toda decidem migrar ou “ralar peito”, isto sucede-se por motivos ou questões religiosas, estas que originam guerras e bastante sangue derramada, em que a maioria desse sangue, infelizmente são de adultos e crianças que nada têm a ver com a guerra, e por isso migram enquanto tem vida, porque depois de morrer fica realmente difícil de migrar: a não ser de corroer num túmulo, mas isso já é outro assunto com outras questões embutidas que deixamos para próxima oportunidade quando o filme pedir, que não é o caso deste. Porém ou, entretanto sobram-se vinte por cento; e tal porcentagem

Não falem mau do Brasil em minha frente.

Fui jogar sinuca em um Pub que, geralmente, a gringalhada se encontra na capital baiana. Logo quando cheguei percebi , e ouvi, em alto e bom som gargalhadas deles em castelhano, inglês e francês. Queria rir também e fiquei próximo a conversa, como quem não quisesse nada. Logo que percebi que o motivo das gargalhadas era o Brasil entrei em cena, ou melhor, no diálogo com um portunhol arrastado hablando: Pera lá muchachos, desculpem la intromision , mas não admito que falem mau  do meu país acá en minha tierra; un argentino mais alvoraçado respondeu: "mas amigo, tu és cego ou o quê, não estas viendo que quase todos los politicos del Brasil son corruptos e este país estas una zona?" Respondi: Foda-se, não quero saber, não admito que venham até aqui e falem mau do Brasil, no cú que vou admitir isso! (isso já em bom português e seríssimo, tanto é que a prosa acabou por ali e por consequência, as risadas também; um silêncio só..) . Fiz isso não por uma questão de patriotismo, mas s

O Outro Lado Da Esperança

O Outro Lado Da Esperança, dirigido e roteirizado por Aki Kaurismäk i , Finlândia/Alemanha, 2017. Sou suspeito em escrever sobre o diretor, pois sou fã de carteirinha dele desde o seu último trabalho antes desse: O Porto, de 2011. Em entrevista, em Berlim, o diretor o porquê desse hiato de seis anos para fazer outro filme; ele disse: “ parar entrar no Set tenho que , primeiro fazer o roteiro. E essa é a tarefa mais difícil, e por isso, não faça filmes todos os ano, porque uma ideia bacana e com robustez não acontece a todo momento, é preciso que as coisas estejam muito bem amadurecidas para eu sair do roteiro e chegar na direção, porque, pra mim, não rola intermediários entre roteiristas e diretores”. Ou seja: em outras palavras ele diz que só faz roteiros para ele mesmo filmar, postura esta que varia de pessoa pra pessoa, mas que, sem dúvidas, ajuda no resultado final do filme. A repórter insiste: “Acho estranho o senhor demorar cinco anos a fim de mexer ou tocar no mesmo tema: a imi

Buceta

Tenho medo... Tenho medo. Tenho medo de buceta; tenho medo da buceta fechar e me engolir com eu lá: dentro! Tenho medo da cara da buceta; com seus lábios vaginais, que parecem olhos fechando de cachorros da raça buildogs, as vezes esta abria e fechava , desenhando uma ventoinha de geladeira, mas só que com um buraco maior. Tenho medo da TPM da buceta: o que ser de mim, um jovem poeta, tentar entender, sem enlouquecer, uma xana de TPM; seria o caos na comunicação! Tenho medo d e errar o clitóris da buceta, e de repente, chupar uma parte que nada tema ver com o clitóris, e por isso, os dois mentirem no sentido prazer. Tenho medo da intuição bucetística: Ou seja, na hora que ela acha que vou gozar e estou bem longe desse ato. Enfim: a buceta, diferentemente do caralho, tem uma postura de maioral, de identidade. A buceta decide tudo, afinal a buceta é que é a engolidora de caralho;somos apenas meros instrumentos do seu prazer, alias múltiplos! Tenho mais medo da buceta, esse de tão podero

Festivais X UFBA

A sétima arte, no meu caso, é igual a uma amante muito ciumenta que não se conforma em ser amante, mas sim a esposa. A esposa, novamente no particular caso meu, é o curso de Letras Vernáculas. Explico o porquê. Quando estou em Salvador preencho meu tempo na UFBA, acordando cedo e dormindo, também. Porém quando viajo a fim de cobriri festivais de cinema Brasil afora, tenho que mudar meu relógio biolõgico para ver os filmes até meia-noite. Resultado: Quando volto dos festivais troco o dia pela noite e perco de faltas as disciplinas pra lá de interessantes do cursos de letras e artes plásticas. Ou seja: cubro mau os festivais, por estar com sono, e vou mau na UFBA também. Mas não deixo as duas chamas acessas de qualquer modo, e um dia alguma me puxará mais fortemente, tô livrinho na pista, hein!