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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Árido Movie

Árido Movie , de Lírio Ferreira, Brasil,2006. O cinema pernambucano é foda, e esta é a obra embriã do chamado cinema de macho , oriundo daquele estado. Na trama temos o homem do tempo na tv como protagonista. Ele tem de voltar a sua terra natal para enterrar o pai, ao qual não conhecera. Na preocupação com o amigo, seus três companheiros vão de carro para o local para encontrar “o moço do tempo” e dar aquela força que ele tanto precisara. Esta é a sinopse do filme e acabaria por aqui se o filme fosse comum, mas graças não é, trata-se de um típico cinema que anda a frente doutros; o pernambucano. Na verdade os personagens e o roteiro são bem comuns, mas a direção de de ambos torna o ordinário em extraordinários. Percebe-se a mão do diretor na caracterização dos personagens( seus trejeitos,humores,etc), e no roteiro dando visceralidade para transformar linhas lidas de atores em atitudes no sentido em incorporar o mundo dos seus trabalhos/personagens. Uma puta sacada legal é que em determ

Malala

Malala , de Davis Guggenheim, EUA, 2015. Sabe aquela garotinha que sofreu um atentado dos Talibãs em um ônibus escolar no Afeganistão? Pois então, é ela mesma: A Malala que após o acidente virou estrela e até ganhou o prêmio Nobel da Paz. O documentário mostra este trajeto desta menina que resolver “peitar” o Talibã, propagando que meninas, como ela, teriam direito a ir à sala de aula e tentar um futuro melhor. Hoje Malala e sua família afegã Yousafzai, mora em Londres, bem longe da sua terra natal. O documentário é interessante porque o diretor tem o desprendimento em ligar sua câmera e deixar a Malala falar por si só, como ela é, e como ela era, inclusive abordando o seu déficit na fala por ter tirado de sua cabeça uma bala dos covardes talibãs no ataque ao ônibus escolar. No mais temos belas cenas de animação para narrar os episódios mais importantes desta garotinha de doze anos que já fez sua parte para um mundo melhor. Estratégico o documentário por ter sido feito pelos EUA? Possi

Suzanne

Suzanne , de Katell Quillévéré com Sara Forestier, François Damiens, França, 2013. O filme deixa duas mensagens nítidas; a primeira diz respeito há que não se pode fugir de determinadas decisões que tomamos, ou seja, pra tudo existe causas e consequências; e a segunda mensagem importante da obra fílmica é: Jamais engane sua própria natureza, porque no final de tudo ela que dá as cartaz. Leia sua natureza como seu instinto de fazer e querer as coisas. Pois bem como protagonista temos Suzanne, uma menina que engravida aos quinze anos e aos dezessete se manda com um affair. Quando volta vê que seu filho não está mais com seu pai, mas foi adotado e agora ela não teria direito nenhum pelo moleque. É importante frisar que ela só volta porque é pega e presa pela polícia roubando casas com o seu affair, que esperto se livra da lei e deixa sua gata sozinha. Quando mencionei que não podemos fugir dos nossos instintos quis dizer exatamente sobre nossa protagonista. Oras, ela poderia muito bem não

Ruth e Alex

Ruth e Alex , de Richard Loncraine, EUA, 2015. O casal nova-iorquino se vê em meio de uma crise conjugal em plena entrada das suas terceiras idades. Tal crise tem como metáfora a sua cachorrinha Dorothy , que através de uma tomografia de mil dólares , é diagnosticada com algumas vertebras em sua coluna de canina idosa de dez anos, idade essa igual ao dos seus donos, visto que a cada um ano canino corresponde a sete dos humanos. O filme é rodado praticamente dentro do imóvel que o casal pretende vender para comprar outro um pouco mais longe de um túnel barulhento de Nova Iorque. Formado por um pintor e uma comerciante, o casal tem dificuldades em vender o imóvel, por um não querer se desfazer do bem, no caso o pintor, interpretado pelo atorzaço Morgan Freaman, em contraposição da atriz Diane Keaton que fazia o papel da Ruth, e queria vender o imóvel a qualquer preço. Um típico filme estadunidense que é salvo pela atuação dos seus atores.

Partisan

Partisan , de Ariel Kleiman, Austrália, 2015. O filme foi selecionável para a competitiva do festival de Sundance, nos Estados Unidos, no início deste ano. A obra fílmica é estranha do início ao fim; Como pai de um enorme contingente de filhos e com três esposas morando praticamente no mesmo teto, temos um homem, interpretado por Vicent Cassel, que era envolvido com algum tipo de negócio ilícito. Não fica muito claro que negócio era, apenas o homem recebia algumas visitar de um outro senhor gordo e sujo, que trazia consigo um saco para esconder sua vasta barriga, saco este que o emaranhado de pivetes logo pegava e ia brincar com terra. Claro que no saco não tinha só terra, talvez algumas armas, aliás esse é o nosso único elemento ilícito que vemos no filme: Armas, muitas delas de modo que os filhos mais velhos desde muito pequenos já tinham uma para chamar de sua, então podemos concretizar que o pai, de pelo menos uma dúzia de filhos, era um comerciante ilegal de armas. O filme vai se

Chico – Artista Brasileiro

Chico – Artista Brasileiro , do mesmo diretor do documentário Vinicius, Miguel Faria Jr., Brasil, 2015. O documentário é dividido em três partes; a primeira que fala da pessoa física, a segunda da pessoa jurídica ( artista, sendo que a primeira e segunda parte se misturam ), e por fim a parte final que é a estória ou saga que Chico faz para ter noticia de um suposto irmão alemão que seu pai o teria fecundado em Berlim por volta de 1920 quando passeava por lá. Portanto então vamos por partes históricas; o documentário se inicia com Chico contando como era ser filho de um baita historiador, e ele como era arteiro, quão difícil era a relação pai-filho. Entretanto quando perguntam para o Chico o que ele se considera mais: Músico ou escritor? Chico sem titubear dispara escritor, pois desde muito pequeno tinha uma vasta biblioteca e era conhecedor dos principais títulos da literatura, e a música por sua vez só entrou em seu universo um pouco mais tarde somente por acaso, ou seja, até ganhar

Meu Verão na Provença

Meu Verão na Provença , de Rose Bosh, França, 2015. Nada é o que parece ser; este poderia ser um outro título ao filme. De início somos enganados em achar que estamos sendo apresentados a uma típica família francesa super feliz da vida, afinal de contas, todos eram aprazíveis, bonitos e educados. Entretanto quem vê cara não vê coração, e logo percebemos que de perto ninguém é normal. Uma suposta adolescente de dezessete anos e seu irmão de dezesseis estava na verdade, bem descontentes e mal-humorados, por ver a separação dos seus pais, que, além disso, ou inclusive por isso os filhos estavam querendo se livrar dos dois de uma vez por ambos usarem os filhos para interesses próprios. O que acontece que a vó, vendo aquela guerra, “rapta” seus netinhos, afim que conheçam seu avô durão que vivia na Provença. O desdobrar da relação de divórcio dos pais é captado pelo avô, que, hippie em outras épocas, mas agora um velho sensível, porém pavio curto, caso quem quisesse briga com ele, era só di

Hipócrates

Hipócrates , de Thomas Lilti, França, 2015. O título do longa é uma singela homenagem ao criador da medicina, todavia a produção de singeleza não tem nenhuma. O que acompanhamos é o dia-a-dia dessa profissão que segundo os próprios personagens médicos do filme, intitula-se como não uma profissão m as sim uma maldição. Trocando em miúdos, não é você que escolhe à medicina, mas ela que o escolhe. Entretanto voltando ao filme temos como protagonista um medicuzinho recém-formado que trabalha, ou melhor, estagia no hospital do pai, que é médico também. Por ser jovem e só ter experiência teórica acaba sendo ajudado por um médico tunisiano, que por questões de preconceito de raça e religião, não consegue a licença para trabalhar na França, mesmo este sendo um bom médico e experiente. O filme é todo rodado dentro do hospital praticamente, fato este que deve ter economizado bem a sua produção. Todavia o resultado que o diretor quis mostrar, que era exatamente escancarar a vida desses soldados