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Mostrando postagens de novembro, 2018

Sonata de Outono

Sonata de Outono, de Ingmar Bergman, Suécia, 1978. Comentei algumas linhas , no Facebbok, sobre a percepção que tive do filme, mas tentarei expor agora de uma forma mais latente e abrangente. Não existe e nunca existirá alguém que consegue dissecar a psique humana de melhor mastearia que o sueco Bergman. Sim: existem muitos percussores, mas que meio que se aprofundam da maneira que não o toquem de maneira substancial, espiritual, física e psiquicamente falando. Tarantino trabalha bem isso: a construção de personagens cheias de idiossincrasias que meio que habitam o lugar comum: a forma que as pessoas têm de ver, e sentir, a vida e pensar através, e por, principalmente dela própria: a dita cuja Vida. O filme trata de uma visita que uma mãe faz a uma filha. Aí você me pergunta: mas como um roteiro tão besta e banal pode se transformar em um puta filme? Falo que transforma e ponto final. A suposta visita é uma troca de farpas antigas, mas intensa pra caralho. Você ser responsável pela fo

Tinta Bruta

Tinta Bruta, de Felipe Matzembacher e Marcio Reolon, Brasil/RS, 2018. A obra filmica inicia-se com um take médio no rosto do protagonista: Pedro. Ele está no tribunal, sendo julgado por algo muito horrível, mas não se sabe o quê. O filme desenrolasse e vemos que Pedro perde seu único parente: sua irmã , que se cansa de Porto Alegre e vai morar no outro lado do país: Salvador. Pedro, um garoto expulso da faculdade de química agora , sem ninguém, manter-se por sua conta e risco em desnudar-se para milhões de punheteiros homossexuais do armário. Com isso ele ganha uma boa grana, porém o xis do filme, ou da questão, ainda encontra-se intacto: ou seja, o que Pedro fez de tão horrível assim ao ponto de não ter nenhum amigo e ser uma pessoa mal olhada? A resposta vem no octagéssimo minuto do filme de 117. E a resposta é bela: como forma de poema, discursado por um pseudo roubador de trabalho alheio, explico. É que o Pedro tinha uma maneira muito particular de ganhar grana nú na web: ele se

Sem Descanso

Sem Descanso, de Bernard Atal, Brasil, 2018. Embora seja francês, e não seja rabugento, como o estereótipo quer falar justamente o oposto; Bernard, ao lado da sua companheira Gel Santana, baiana e negra, da qual assina a importante missão da pesquisa sobre o filme, além de assinar a produção junto com o próprio Attal. Entretanto entrando no filme, que alias é um Doc, o primeiro do diretor, inclusive,   aborda o desaparecimento de um jovem de 22 anos na cidade de Salvador, em 2014, e a posteriori acham um corpo queimado decapitado, que seria o de Geovane. O Doc disseca essa estória, até hoje, muito mal contada pelos chamados homens da lei com farda, ou simplesmente somente chamados como policiais. Quando acabou a sessão logo me veio na cabeça a música Polícia, dos Titãs, onde esta fora escrita pelo guitarrista da banda Tony Belotto: tipo um desabafo quando a policia o prende por portar algumas substancias ilícitas. No caso de Geovane, as consequências foram bem mais drásticas, onde ne

DR

Acabou: a culpa não foi minha nem sua; terminou porque tinha que acabar; quanto a nós: não houve vitimas, mas sim culpados. Somos responsáveis por tudo que escolhemos, e principalmente, quando deixamos que alguém escolha por nós. Novamente quanto a nós: nos demos ao máximo um ao outro, de modo que momento algum foi em vão, tudo ainda anda registrado. Nossa alta sinceridade sempre deu o rumo em nossa relação; por isso mesmo, não devemos falar: mas se fosse assim... Foi do jeito que deu pra ser, simples assim, e foi maravilhoso porque foi assim, justamente... Hoje você anda por ai, sem ninguém, eu tampouco. Espero que fique bem só ou junto com outro alguém, isso pouco importa nesta questão do ficar bem. Somos quem somos e isso muda nunca, vivemos o que vivemos, ou até não vivemos o que pretendíamos, e isso, também, muda nunca. Mas a mudança é necessária, alias o novo sempre vem, querendo nós ou não. Então é melhor gostar das mudanças, caso contrário só vai encher a cabeça de preocupa