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Mostrando postagens de dezembro, 2013

A continuação errante para 2014

Manuel Rangel- Presidente da ANCINE anuncia quatrocentos milhões de reais para o fundo audiovisual para 2014. Agora no final de 2014, conte quantos filmes valem de fato um patrocínio e quantos são meras bobagens. 2014 será mais um ano da continuação do retrocesso que o cinema nacional passa, com várias comédias caríssimas produzidas emburecendo a inocente massa brasileira da classe media que paga através de seus impostos por esses vulgos filmes de "diversão".

O filme Brasileiro "O Som ao Redor" está fora da disputa pelo Oscar de estrangeiro, porque isso aconteceu?

Pois bem, primeiramente temos de destacar que o filme não é ruim, talvez se fosse em outro festival, certamente poderia concorrer, mas logo no Oscar com aquela academia carreta e pragmática? Faça-me um favor: bata um abacate com leite ! Quem de fato julga os filmes para o Oscar da ANCINE? Essa pessoa sabe tanto de cinema como uma criança sabe de sexo, ou seja, nada ! O puta filmaço A Febre do Rato, de sempre genial Claúdio Assis nos representaria com bem melhores chances para a premiação industrial, apesar de ser uma fita poética, mas para poesia não existe fronteiras. Ademais resalto como mero amante da sétima arte que mudanças radicais tem de serem feitas no órgão que fomenta e regulamenta nosso cinema tupiniquim. E não somente por esse erro na indicação do filme nacional do Oscar, mas principalmente pela política absurda de patrocinar comédias melas cuecas que não acrescentam em nada nosso povo culturalmente, deixando de investir em outros filmes de gêneros que faça a grande massa

Última Viagem à Vegas

Última Viagem à Vegas , Jon Turteltaub, EUA, 2013. Às vezes pergunto-me: será que vale a pena colocar toda uma carreira com excelentes papéis feitos na sétima arte somente por uma boa grana? Pois bem: esse pode ser nosso principio de resenha para esse filme que tem no elenco nomes como: Kevin Kline, Michael Douglas, Morgan Freeman e Robert De Niro. Tudo bem que o roteiro nos conta uma estória de amizade de mais de cinquenta anos desses quatro caras, mas colocá-los para fazer uma despedida de solteiro em Vegas em um final de semana soa no mínimo como de mau gosto. Não pelo motivo de suas idades avançadas, mas sim pelo humor desinteressante da comédia que acaba não agradando nem os mais jovens e tampouco aos mais experientes. A comédia tem como espinha dorsal uma rixa entre os personagens Billy (Michael Douglas ) e Paddy (Robert De Niro ) por nas suas juventudes, gostarem da mesma mulher. A lembrança não fora esquecida e de certa forma ela se transforma como o fio condutor de uma comedia

Blue Jasmine

Blue Jasmine , Woody Allen, EUA, 2013. Com uma capacidade quase que altruísta o diretor mantém a incrível média de um filme feito por ano. Dessa vez ele volta a sua terra natal, São Francisco, EUA, dando um tempo de filmar por encomenda em cidades da Europa para atrair turistas. Nessa longa, que na verdade não é tão longo assim, (apenas enxutos 98 minutos de projeção) o diretor nos brinda com um roteiro que por acaso fora criado quando observava uma conversa da sua esposa com uma amiga que passava por uma crise em seu casamento. As posteriores e com detalhes contados por sua esposa, Woody se interessou pela estória de uma mulher recém-traída e colapsada nervosadamente por sua crise financeira e matrimonial e resolveu fazer um filme da situação da amiga da sua esposa, e obviamente com o carimbo de qualidade do diretor ao seu novo filme. Porém o que de fato chama atenção no filme é a sua trilha sonora: esta deliciosamente embasada e sugada por Jazz, ritmo esse que o próprio Woody Allen g

Como Não Perder Essa Mulher?

Como Não Perder Essa Mulher?, EUA, 2013. É bacana quando um filme em que você não espera nadica de nada e ele te surpreende positivamente. Esse é o caso deste, onde o protagonista (Joseph Gordon-Levitt) escreveu e ainda dirigiu seu primeiro longa. O filme nos conta a vida de homem na casa de seus quase trinta, oriundo de família italiana, que tem certa estabilidade financeira e por isso as únicas coisas que tem valor pra ele é a família, sua religião (católica), seu corpo, seu apartamento, seu carro turbinado, amigos de balada e claro: a própria balada com as mulheres que transava. Todavia esse cara mais ou menos resolvido tinha um fetiche um tanto quanto excêntrico; Preferia a masturbação ao invés de mulheres. Não se trata de nenhum caso gay, apenas se satisfazia melhor se masturbando do que transando. O cara era um tremendo viciado em vídeos eróticos tendo um dia chegado a marca de onze bronhas em um só dia. Quando se confessava falava ao padre que era casado e batia umazinha e por i

Os piratas do Caribe- navegando em mares profundos

Os piratas do Caribe- navegando em mares profundos , do Rob Marshall, EUA, 2011; Que mostra uma coisa legal e velada: As duas personalidades de temperamentos entre os povos Espanhois e Inglês. Enquanto os latinos de sangue quente usavam isso para expandir seus lares conquistados, que foi o caso das colônias na nossa America do sul e latina, os ingleses usavam a racionalidade para enfrentar os mares e conquistar lares também, como o continental EUA. Na verdade o filme não aborda nada disso, eu é que fiquei com essas comparações na cabeça. O filme é puro entretenimento chato e comprovou uma coisa que desconfiava desde o primeiro filme da saga; o tal do Jack Sparrow é um gay enrustido. Em momento algum em todos os filmes o protagonista pega na vera uma mulher. Este talvez seja o grande mistério desvendado da saga, que sinceramente espero que tenha acabado de vez, pois ninguém merece mais um filme desta saga pra lá de batida e previsível.

Caminho da liberdade

Hoje assisti uma coisa extraordinária que mexeu em meus brios de homem e ser humano, onde fica nítida a noção de tanto de gente ordinária que nos rodeia: Sem trocadilhos, apenas uma constatação. O filme é o Caminho da liberdade, do Peter Weir, EUA, 2010; Onde prisioneiros migram da Sibéria até a Índia. Isso mesmo, uma baita paletada que atravessa a antiga Rússia de ponta a ponta no período da primeira guerra mundial. Trata-se de uma caminhada desumano por fatores climáticos principalmente que cativa do começo ao fim, e por isso a constatação de hoje: Estarmos rodeados de pessoas ordinárias, sem pudores, sem valores e principalmente com pavor de ultrapassar as coisas ditas não ultrapassáveis por sei lá quem ou quando. Por isso (e já sócio-filosoficamente escrevendo) que a maioria das pessoas de hoje se tornam ordinárias: Pelo medo da perda das vulgas conquistas materiais, não sabendo a maioria que esse medo paralisa coisas bem mais importantes do que uma coisa palpável, como a superaç

Como arrasar um coração

Rodando a bobina do retroprojetor temos o Monâco-Francês: Como arrasar um coração, do Pascal Chaumeil, 2010 , que tem basicamente a seguinte sinopse: Uma agência de matrimônio às avessas. Esse é o tipo de negócio comandado por Alex (Romain Duris) e sua irmã. Os dois são contratados para provocar a separação entre casais apaixonados. A loucura se dá quando um homem muito rico chama os dois irmãos para pôr um fim no casamento da sua filha, mas tem uma pequena exigência: o trabalho tem de ser feito em uma semana. Além de o trabalho ter de ser realizado em sete dias apenas, o profissional que tem como função acabar relaciomentos acaba se apaixonando pela filha do empresário que pagara pelos seus serviços, e quando alguém está apaixonado todos sabem que a emoção fica distante anos luz da razão, e isso compromete e muito o seu oficio, que era acabar com o casamento marcado da sua inesperada paixonite aguda. O filme, além de sua estupenda fotografia no principado de Mônaco com seus mega iate

Poesia

Poesia , de Lee Chang-Dong, Coréia do Sul, 2011. Continuo com a tese de que os melhores filmes saem dos lugares menos inesperados, pois não existe a tal cultura de fazer filmes bons e bem remunerados, aí o que os caras fazem? Usam a criatividade e saí coisa de prima. Poesia é uma dessas fitas que ficam ecoando nossas almas por um bom tempo. Trata-se de uma lindíssima estória cotidiana de uma mulher que vai perdendo sua memória e por isso se matricula em um curso de poesia para entender o que está acontecendo com seus lapsos de memória ainda existentes antes do Alzheimer chegar e tomar conta, e paralelo a esse problema de saúde, o seu neto que ela cria se vê dentro de um suposto estupro e assassinato de uma colega de escola. Uma película realmente tocante. Quando o filme é muito bom por vezes letras serão sempre poucas ou inexpressivas para explanar tamanho sentimento que tais fitas provocam. Se puder ser tratado como uma referência, Poesia está na seleção oficial do festival de Veneza