Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012

O amor está no ar

O amor está no ar, Rémi Bezançon , 2005, França , e estrelado por Marion Cotillard, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz por Piaf - Um Hino ao Amor,consegue ser uma comédia romântica realmente interessante sem pegar o título de piegas ou sem graça. A forma do roteiro da fita prende a bunda do espectador do início ao fim, e prende de forma que nem se pode ir ao banheiro ou pegar um lanche tamanha a agilidade da estória contada, pois bem: vamos a ela então; Trata-se de um garoto de ganha a vida ou como preferirem: ganha o mundo através de um parto prematuro em plena aeronave em vôo. Parto este que faz com que a sua mãe morra por complicações para a ocasião ou lugar. O cara cresce criado pelo pai que era um jornalista de automóveis com esse trauma de avião jurando que jamais colocaria os pés em alguma aeronave. Por força do destino o tal filho gerado prematuramente em uma aeronave em pleno vôo e que futuramente escolheria a engenheria especializada em aeronave como profissão, perde seu pai

Frankenweenie

Frankenweenie é uma parceria entre os estúdios Walt Disney e o diretor Tim Burton, EUA, 2012 . Trata-se de uma animação 3d em preto e branco   não destinada somente ao publico infantil. A fita consegue ser interessante para qualquer idade, pois a qualidade ‘peluquilial” com o suporte da Disney e o roteiro do sempre ousado diretor fazem de uma estória boba de uma criança estranha sem amigos a se transformar em uma Animação , Comédia , Terror , Ficção científica   pra lá de bacana. O protagonista era um típico menino de nove anos de idade chamado Victor puramente nerd em todos os sentidos que só pensava no festival de ciência da escola, festival esse no qual todos os seus coleguinhas querem ganhar e ele mais ainda. Coleguinha é diferente de amiguinho, e de amiguinho o nosso protagonista só tinha um: o seu próprio cachorro que por força maior acaba a falecer atropelado por uma carreta desgovernada. Como o nosso querido amiginho só tinha esse cão para fazê-lo companhia ele decide "

Homenagem a independencia da Bahia

Pincelarei sobre alguns fatos cotidianos que estes por si só já dizem ou descrevem o espírito baiano de ser. Isso mesmo, ser baiano é estar baiano e não propriamente ser da terrinha. E o que seria este “ser baiano?”. A esse em que vos escreve ser baiano é antes de tudo dizer ou berrar alto com um NÃO ao capitalismo ou para ser mais especifico, é mandar pra puta que pariu o comodismo desse sistema. Todo mundo gosta de ser bem atendido, não é? Pois bem, aqui se tem a fama de sermos mal no atendimento a restaurantes, hotéis, etc. Aí é que eu queria chegar... Acho que essa estória de o baiano ser mal-educado é uma mentira, apenas somos contra a esse sistema que “diz” que somos obrigados a tratar bem a todos. Peraí meu rei que aqui a terra é de gente digna e o buraco é mais embaixo. O carinho do baiano está no meio do caminho do “pois não senhor, o que deseja?”, e do “ obrigado e volte sempre”. Quando o baiano percebe que você não está nesse jogo desregrado do capital, ele não lhe diz &quo

Boca

Como o jargão popular já diz: “ não se faz uma bela omelete sem desperdiçar alguns ovos’. O filme Boca, Flávio Frederico, Brasil, 2012, é uma livre adaptação do livro Boca do lixo, escrito na prisão pelo Hiroito de Moraes Joanides, vulgo o Boca   . Obviamente não podemos comparar filmes com livros, pois nos filmes as imagens já vem criadas e nos livros as criações de personagens e de imagens é por conta da imaginação de cada leitor. Dentro dos limites do possivelmente aceitável o filme não envergonha o livro, não é fidedigno , mas tem seus méritos também. A começar pela incorporação do seu protagonista: Daniel de Oliveira, fazendo um Hiroito digno do personagem do livro.Ele era o tal Boca, onde começara desde cedo a freqüentar a região da capital paulista conhecida como a boca do lixo, ou seja, pela região ser um lixão a céu aberto. Inicialmente o protagonista ia para a boca do lixo porquausa da zona de prostituição, que também existia por lá. Com o tempo e conhecendo uma prostituta

Diário de um adolescente

Com a primeira e irretocável participação do   Leonardo DiCaprio no cinema , Diário de um adolescente, 1995, EUA, Scott Kalvert , é sem sombras de dúvidas um puta filme, e passando em Tv aberta por incrível que pareça. Mas do que como de fundo e sim pano de frente, vemos uma Nova Yorque   desnudada do inicio dos anos 1990. Como desculpa, acompanhamos a estória de 4 adolescentes esportistas e aventureiros por natureza nessa cidade cinzenta, cruel, porém antes de tudo libertária, desde arque com o custo que isso pode significar. O filme é bom, pois consegue mergulhar de forma bastante sublimar no universo dos seus personagens, mostrando o quanto é difícil amadurecer. De todos os filmes que vi do DiCaprio elejo este como a sua melhor atuação, fazendo um adolescente( o que ele era de fato na época), criado por uma mãe explosiva e sem pai aprendendo a ser homem a casca nas leis da ruas nova-iorquinas. O tal personagem tinha uma sensibilidade e uma animalidade tão bela que se tal papel fos

Welcome to São Paulo

Welcome to São Paulo ou Bem vindo a São Paulo é um documentário com 17 curtas-metragens narrado por Caetano Veloso, feito em 2007; cujo objetivo era narrar e desvendar o modo de vida dos seus habitantes e da cidade. Cada curta dava a visão de cada canto ou zona da maior metrópole da América do Sul. Tinha-se também a visão dos imigrantes que formavam a sua população: os Japoneses no bairro da Liberdade que vieram para o Brasil inicialmente fazer o trabalho dos escravos com a abolição, que era o plantio e colheita do café nos interiores do estado. Tinha-se a estória dos italianos, que fugidos da fome principalmente, migraram para o país e começaram a estória da uva nas regiões de Itatiba , Jundiaí e Jarinú, próximos a capital paulistana. Um curta abordava ainda a estória dos nordestinos que ajudaram a construir os aranhas-céus da Avenida Paulista na “terra do concreto”. São Paulo é feira aos fins de semana com direito a pastéis feitos por japoneses e caldo de cana. É também a miscelâne

Magic Mike

Talvez pelo domingo ser o dia mais moribundo da semana, fui ver um filme igual, sem pretensões, tampouco méritos. Magic Mike , Steven Soderbergh , EUA, 2012, tenta de maneira superficial entender o mundo dos strippers. Mostra a estória de um cara que fez de tudo um pouco: pedreiro, marceneiro, porém o que lhe rendia bons lucros era de fato o mundo das   baladas femininas onde como stripper fazia a alegria da mulherada. A fita, que destinada ao público adolescente, por vezes e de forma informal mostra que nem tudo que  reluz é ouro, ou seja, que apesar de toda a diversão que a profissão parece ter, mostra que ninguém aguenta ser “objeto” a todo o momento; nem mesmo os mais providos de ambição ou aventura. Não é que o filme não tenha a marca registrada de Steven Soderbergh , todavia diretores como ele sempre esperasse mais: que saia dos filmes comuns, porém o filme em questão não saiu dessa classificação: comum. A película tem algum mérito em demonstrar como os jovens adultos dos EUA p

Febre do Rato

Para tudo e deixa a poesia passer e te seduzir-te. Refiro-me  A Febre do Rato , da baita escola Pernambucana de cinema, dirigido por Cláudio Assis, 2012. Começo com uma das frases marcantes do protagonista da fita: “Temos o direito de errar”. Isto se expande em nossas escolhas ou falta delas. Com uma bela fotografia em preto e branco Walter Carvalho mais uma vez mostra quem dá as cartas em terras tupiniquins quando o assunto é direção de fotografia. Verdade que o roteiro e os personagens ajudam e o filme só poderia ser classificado como genial, ao menos a esse em que vos escreve. Mas do que levantar bandeiras, como da: da legalização da maconha ou de relacionamentos de pessoas  do mesmo sexo o filme levanta a bandeira da liberdade em todos os seus vértices possíveis. A liberdade é falada poeticamente em todas as suas formas de uma maneira tão visceral, latente e acima de tudo geniosamente inteligente que não poderia ter saído de outra escola: a nordestina pernambucana, que sem dúv

Gonzaga - De Pai para Filho

Gonzaga - De Pai para Filho (2012), Brasil, Breno Silveira . Acima de tudo será um ato de coragem comentar sobre esplendorosa fita. Concordo com todas as críticas que li a respeito do filme: que ganhará a maioria dos prêmios nacionais e será concorrente ao Oscar 2014. Porém há tempo de uma ressalva ainda: Xingu era para ter sido o selecionado esse ano ao “oscarmerda”,não o palhaço como foi feito. Mas vamos ao que interessa que é o filme do Breno. Antes de tudo como mencionei será um ato de coragem resenhar o filme, pois como nordestino me encontrei por vezes como uma “estória duplicada”, ou seja, por estória vivida, em maior ou menor grau. Sou nordestino: filho de paulista com baiana, o oposto a Gonzaguinha: filho de nordestino com mãe carioca. Talvez por isso a fita me tocou tanto. Entendo que o filme, mas que qualquer outra coisa fora feito como um tipo exorcismo por parte do diretor, não se importando com bilheteria ou se iria fazer mais sucesso que o filme Os filhos de Franci