A campanha política

Pedi meu primeiro gibi, do Chico Bento, ao meu pai, aos onze anos. Nesta idade, como quase todo garoto, queria gastar energia mais com o corpo do que com o cérebro. Logo em seguida, veio o gosto pelo cinema. Com um olhar atento, acompanhava meu pai me levando pra fazer companhia nas campanhas políticas pelo Brasil. Conheci muitos lugares desde novinho assim. E não só fazia companhia a ele, como observava o clima daquele negócio que é uma campanha política, que envolve muitas cabeças, que por muitas vezes cheias de ego, inclusive a do meu pai, como todos que se envolviam e compravam a briga daquele candidato. Enfim , separar o racional do emocional sempre foi o principal obstáculo para esses profissionais. Mas no fim dava certo: todos ganhavam bem e valia aquele esforço de acampar numa sala durante três meses e fazer o seu melhor em prol da campanha, essa vencida ou perdida. Fazia-se muitas amizades também durante o processo: todos correndo atrás das suas obrigações e funções de um processo tão engendrado que é eleger alguém, e tão importante, afinal tal candidato será a porta voz do povo durante aquele regime em que foi eleito democraticamente. Percebi algumas coisas que quero compartilhar aqui. Quem manda, ou seja, o principal profissional é quem dita o ritmo de uma campanha política, e também aquele que decide, pelo candidato, o que ele deve fazer ou não. O político vira boneco ventrículo em suas mãos. Se fosse para comparar, é tipo como um diretor de cinema com seus atores, sendo que os atores são seus subordinados como um redator ou um diretor de arte, ou a pessoa que trabalha na mídia para informar os passos dos seus adversários ou até mesmo para informar ao diretor geral, o marqueteiro principal da campanha, o que andas dizendo a internet dos seus passos da campanha. Hoje a internet é a principal fontes de informação das pessoas, ao contrário de antes, onde somente se tinha espaço no horário político eleitoral na televisão, ainda vigente, mas poucos param para assistir, o que vale hoje são as chamadas da campanha em horário nobre, não só neste horário, mas em todos os horários durante a tv e o rádio, além da citada internet. Pra fazer campanha, o partido tem que ter dinheiro, este vindo do povo, através dos fundos eleitorais destinados a todos os partidos, onde uns ganham menos e outros mais, a depender dos números de deputado eleitos nacional e estadualmente. Todavia, voltando a campanha eleitoral, o marqueteiro principal, alias não só ele, como todos que fazem parte do time, tem de ter senso critico para agir rapidamente contra supostos ataques dos seus adversários. O problema é que não se tem muito tempo para se pensar racionalmente durante o ataque dos adversários e isto por vezes o tiro sai pela culatra, mas atrapalhando a imagem do que ajudando a imagem do candidato. É necessário ter coragem para assumir riscos e posições em nome do candidato, e o marqueteiro e sua equipe tem de tomarem, pois como já foi mencionado, não existe tempo para analisar a fundo a situação, é chumbo trocado na hora H, e isto falando em dias comuns de campanha, onde as ameaças e difamações são ditas pela televisão e internet a todo o momento, entretanto quando é um debate televisionado o cuidado tem de ser redobrado, principalmente o último, o da rede globo, onde muitos decidem em quem votar: a eleição é decidida neste momento, com os chamados eleitores indecisos, onde a maioria se encontra em um país polarizado entre esquerda ou direita, deixando o centrão para decidir as reformas após as eleições; não existe mais centrão para eleger candidatos, o que eles fazem é escolher um lado, onde isto ajuda, e muito, ao lado escolhido para angariação de votos e, por consequência, vencer as eleições. São muitos aspectos que faz uma campanha ser vitoriosa ou não, mas os principais são a posição popular em que o candidato se encontra, afinal nenhum marqueteiro faz milagres, e por fim a escolha assertiva em formar um time para esta jornada que dura três meses, e transforma a vida do seu povo durante os próximos quatro anos. O marqueteiro e sua equipe ( importante ressaltar a equipe, pois ela quem faz a diferença sempre), tem de saber separar questões pessoais, deixando-se trabalhar em qualquer dos lados , esquerda ou direita, fazendo sua escolha somente na hora de votar. Trata-se um serviço prestado, e isto não importa se concorda com o candidato ou não, o que importa no frigir dos ovos é fazer seu serviço bem feito, separando o emocional do racional, e ter coragem para tocar, ou fazer parte de campanha, qualquer que seja a esfera, estadual, municipal (que é o caso deste ano) ou a federal. É comprar a ideia de que seu candidato é o melhor, isto se resume o principal objetivo do que é uma campanha política vitoriosa, sendo eleita ou não, mas melhor que seja ganhe seu candidato, para assim, não gerar dúvidas entre o meio, que é cheio de inveja e egos inflados, como qualquer ofício que tenha grana em jogo. A entrega, de três meses, tem de ser total, isto incluído não se importar tanto com sua saúde, pois o trabalho exige muito de todos, e todavia existe mais nove meses no ano para uma recuperação da saúde, principalmente a mental como física , para voltar daqui a dois anos para uma próxima jornada ou campanha de outro candidato o do mesmo. Se o trabalho é manter o candidato , isto se torna mais fácil pro ter a máquina na mão, mas não é garantia de vitória, apenas facilita quem tem o leitura do jogo eleitoral, afinal uma campanha é como um jogo de futebol: pode-se perder ou ganhar, mas empatar jamais, isto difere de um jogo de futebol, onde este pode ser até mais democrático por permitir o empate, e talvez por isso mais apaixonante do que a política, todavia a política é nascida e também imposta, desde nosso nascimento, pois nascer é um ato político, o que a torna mais interessante do que um mero jogo de times de futebol, ao meu ver, ao menos, porque a política define vidas, e não se uma torcida ficará bem e feliz com o resultado da partida. Na política o resultado é o mais importante também, e mais decisório e imposto para todos, e esta é uma diferença considerável em se fazer política, do que meramente ver uma partida de futebol. Em uma campanha se faz política negociando com todos os times ou lados, e isto sem se importar com o resultado, porque o mais importante é o povo, e deve ser sempre o bem estar do povo, em sua maioria, ou deveria ser. Eles, povo, quem dicide se é a esquerda ou a direita quem querem no poder, e para o próprio jogo democrático é importante esta troca de lado, afinal todos estão em busca do poder, e nada mais importa pra eles, ou deveriam se importar com coisas mais importantes que o poder em si, como o bem estar social da maioria, por exemplo que deveria ser mais valorizado do que a política em si. Porém o jogo é jogado, e cabe o povo decidir quem ganha, entretanto quem faz ganhar um candidato na escolha de outro são os profissionais que trabalham com o político, e sua imagem atual, esta que pode ser mudada, sim, em três meses. portanto política é a arte de fazer que seu candidato tenha mais empatia que com os demais, naquele curto período de tempo que se faz antes de uma eleição. Quem trabalha nisso pode ver o que escrevo meio óbvio, todavia é isto mesmo que uma campanha vitoriosa busca, a obviedade, a total convicção que seu candidato é a melhor opção naquela eleição. Convicção e coragem fazem seu candidato melhor que qualquer outro. Friso coragem de ter de tomar as decisões imediatas numa campanha política, contra as difamações sobre seu candidato, este esteja no poder ou correndo atras dele, se elegendo. Se o candidato está no poder, é muito comum encherem de insultos a área da saúde, esta que é um calcanhar de Aquiles para qualquer eleição, somando-se ao emprego e a segurança pública, entre outras várias áreas que podem ser citadas durante o processo da campanha, cabendo a equipe defender todas as áreas citadas. Sem querer ser redundante, e já sendo, uma campanha politica vitoriosa, cabe atentar-se a todos esses aspectos, pois são os sempre detalhes em que se ganha ou se perde uma eleição, como os exemplos das áreas citadas, se vão trabalhando bem ou deixando a desejar, como áreas da saúde, educação, segurança pública. Em geral de todas as áreas competentes ao governo tem de ser cuidadas, pois todas podem ser alvo da eleição ou de derrota do seu candidato em uma campanha, repito, curta, que dura em média três e mexe com todo o aparato social de um município, estado ou nação, e por isso sua grau de importância para todos, afinal o que importa no final de tudo é o povo ou deveria ser. quero crer que seja sempre o mais importante o povo, e isto sem desmerecer os jogos políticos que se faz para mante-se no poder, onde vale tudo, o deveria valer quase tudo, menos sacanear o povo, o que paga afinal todo o pão e circo que é criado para tudo acontecer e mantermos um país democrático, ao menos no papel, pois os jogos políticos , por vezes, desmerecem a palavra Democracia, pesando para aquele ou outro lado a mão, decidindo pelo povo, os seus políticos eleitos no jogo da politicagem, esta que acontece após as campanhas, fazendo ganhadores e perdedores do processo eleitoral democrático de direito. E neste ponto é preciso ser positivo em acreditar que as melhores decisões são tomadas pelos nossos eleitos, e não por interesses pessoais ou partidários. Enfim, e por fim, se não sabe brincar, então nem desce no Play. É na política que se fazem as pessoas e seus rumos, e não o contrário, caso este seria demasiado por enfadonho , e cruel, e isto sem falar em radical, o próprio povo tomar suas decisões, por terem opiniões distintas entre todos nós, cabendo a uma pessoa comum, conhecida como político, a falar por nós, e creia , esta é a melhor opção a ser tomada por nós, caso contrário, como já mencionado, seria uma barbárie impossível de se administrar, transformando a sociedade em um caos permanente onde nenhuma ideia seria colocada em prática devido a suas dubiedades. É isto meus caros, para começar a falar de política em seus jogos ardilosamente contestareis, mas sem dúvidas, apaixonantes, afinal a paixão é o que move as pessoas, ao menos deveria, falo por mim, que a paixão me move e por isto o interesse pelo tema da política e seus melindres que envolve tanta coisa, acho que a própria vida estaria inclusa nisso tudo, ou seja, nossa razão de existir, afinal tudo é política, até as artes são decididas por editais, que são totalmente políticos. Não tem pra onde correr, onde tudo está decidido pela política. É ter consciência disso e tocar a bola pra frente, para fazer acontecer, porque ficar na teoria o povo já fica, este impedido não por vontade própria, mas sim política. É verdade que fazer política mudou bastante em tempos de polarização, o nosso. Mas é verdade também que, quem teve a capacidade analítica em entender a mudança do processo, sem dúvidas, pulou na frente. Hoje o jogo político é mais direto e reto, afinal só existem dois lados. Isto gerou novas estratégias, mas sucintas e objetivas, pela sociedade ter acesso a informação, com a internet , exemplo. Desse modo a recado ter de ser o mais direto possível, e isto, pode ser um tiro no pé pela interpretação ser rasa também. Enfim é um risco inevitável hoje em dia: ser direto e cair no nervosismo da interpretação inequívoca da sociedade. E para evitar tal destempero é necessário pensar antes de qualquer decisão, muito mais do que antes quando o único veículo de informação era dado pelos jornalistas, e não agora, onde todos falam através das redes sociais. A cautela tem de ser exponenciada neste quesito da informação ter várias pernas hoje. Acho que o principal objetivo do profissional de comunicação de hoje é mensurar de forma eficaz estas novas fontes de informações, caso contrário ficará desatualizado, e por consequência e obsoleto e portanto, fora do jogo que se propõe a jogar. A política é arte em seu formato mais bruto, assim como a vida, é para viver é preciso coragem, já dizia o poeta, confundindo-nos o que de fato é arte, ou a poesia, contratando o que é real ou político. Em verdade tudo é criado :veja a própria história da bíblia: uma estória bem contada que dura já 2024 anos, e a política não é, nada mais, quem uma estória bem contada, como a bíblia. Para quem ainda não tem conhecimento venho da arte, do cinema, e por isso comparo a arte com a política por serem uma filha da outra, nãos sabendo-se quem é o pai de quem. Na arte o espaço para a criação e o improviso é maior, e por isso tenha mais admiradores. Acho a arte e política parecidas, embora, obviamente, tenha suas diferenças claras: Na politica o que vale é o feito, o racional, o que se pode ver, pegar e comparar Na arte o que interessa é a sua imaginação, o que não se vê, o que vale na arte é o que está escrito na entrelinhas da mensagem, a fazendo sem limites tangíveis para entendimento, o que você entendeu é o que vale , diferentemente da politica, mas ainda assim similares, parecidos, mesmo com estas diferenças visíveis, todavia execradas por parecerem diferente em um primeiro olhar, mas que na verdade não são tão diferentes como pregam. Desculpem a obviedade e chatice do texto, mas na política é exatamente assim: uma série de repetições logicas em que se faz uma sociedade andar pra frente, geralmente pra frente. É Impossível viver sem política, ponto final, aliás final não porque ela ,a famigerada política, esta está em sempre processo de mudança, as vezes até mais do que sua mãe ou pai: a arte , pois como já é dito e conhecido: a política é a arte de se fazer politica, e assim é: doa a quem doer, afinal os preceitos mais básicos. Para a sobrevivência é valido e conferido pela política. É ela quem rege todas as necessidades possíveis e tangíveis, assim como rege e dá vida as vontades impossíveis, da arte. Política e arte é um jogo interessante de se jogar, por serem ao mesmo tempo tão iguais e tão diferentes:

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