Meu Nome é Gal

Meu Nome é Gal, dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, Brasil/2023. Longe de mim escrever que ouve erro na escolha dos atores, para quase, todos os artistas que aparecem em tela não serem parecidos com aqueles artistas que deveriam, excetuando-se George Sauma interpretando o poeta Waly Salomão: na primeira fala percebi já de quem se tratava, todavia nos demais foi impossível a pessoal ação distintiva. Para se ter uma ideia, em todo filme aparece duas vezes a figura da “irmã” Maria Bethânia. Oras, até a mais fácil de encontrar, pois alguém com olhos grandes e cabelos encaracolados não é tão difícil assim. Desta maneira evoluímos para outra questão, o que é mais importante: o ator ser parecido com o personagem biográfico ou o “ator” ou “atriz” que estiver bem na mídia, fazendo alguma novela da Globo ou algo do gênero, e simplesmente lembrar aparentemente com o personagem a ser biografado? A esta resposta deve-se considerar, financeiramente mesmo, o fato de o artista reconhecido dar mais aval aquela ou aquele biografado: “há, se está na novela o filme tende a ser bom também. Toco na questão do merecimento do papel, por pelo exemplo em conhecer, no mínimo, a três atrizes Gal, bem mais parecidas. A escolha a meu ver da Gal pela Sophie Charlote é bom, não é essa a questão, pois o artista tem de se garantir em aparência e performance, e este último supera o primeiro, por não ser fisicamente parecida com a Gal; concordo diretoras ou há quem escolheu os atores; o talento tem de ser levado sempre em primeiro lugar, mas se der para alinhar as duas coisas: talento + aparência física, seria bem mais compensatório. Por exemplo, não deu pra achar ninguém mais parecido com Bethânia, assim ficava mais fácil em escalá-la em mais de dois takes, ou estou enganado? Paralelismo a parte , e sem esquecer também de Caetano , que nada se parecia com o cantor, o filme ainda nos permite sair do cinema cantando, coisa rara hoje em dia. Basta absorver as escolhas de elenco que vemos em tela uma bela estória de uma grande cantora brasileira, alias da melhor cantora brasileira, segundo João Gilberto, e este relator concorda, deixando a pimentinha Elis em segundo posto. Gal falece no fim do ano passado; que presente perdeu ela, aproveitemos, em nome dela.

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