Indústria Americana

Indústria Americana, um original Netflix, China/Eua, 2019. O documentário mostra a instalação e o funcionamento de uma indústria chinesa de grande porte no território do estado estadunidense de Utah. O doc nos mostra a inversão de valores, isto é, como os chineses olham o povo arrogante estadunidense, e por tabela, a todos nós ocidentais que babam o ovo do tio sã. Segundo o próprio mandatário da indústria , os americanos tem os dedos gordos e são lentos, e por isso impede qualquer tipo de sindicato em solo americano do norte. O ponto central que norteia o excelente doc é esse: os trabalhadores lutando por direitos, enquanto a nova mandatária mundial no setor do comércio, a China, acha que os funcionários podem doar bem mais do que estão “doando”. A pergunta que fica é quem tem razão nessa história. Logo se vê que nenhum dos lados tem razão, mas também é necessário achar um meio termo , porque quer queiram ou não, estamos falando dos dois principais países do mundo no quesito economia e comercio. Fato é que com toda mão de obra disponível na China, eles sempre terão a incumbência em dar ritmo na economia mundial, pelo fato deles pensarem que haverá sempre “um algo mais há puxar”, porque na sua visão puxada o que está sendo feito em qualquer lugar do mundo, seria feito melhor na própria China. E porque eles estão agora entrando nos mercados internacionais com suas empresas? Porque a China ficou pequena e se o mundo só valoriza o capital, então eles vão dar de pau, porque dinheiro eles tem, e o mundo que agora acompanhe o ritmo chinês, onde parece que respirar não é necessário, e sim produzir sem ter tempo pra pensar. O doc mostra também a questão da automatização inevitável das indústrias e consequentemente a diminuição da mão de obra humana. São observados ainda a migração de funcionários chineses nos EUA, com seus dilemas e valores, nos mostrando que para um chinês tá de boa em se matar de trabalhar, porque pelo visto parece que na cabeça disciplinada e metódica deles , pensar demais é desnecessário. Alem dos trabalhadores chineses é também visto a situação dos trabalhadores estadunidenses, estes que nos representado de uma certa maneira, mostrando como é escroto esse tal de capitalismo, e os chineses, agora, sabendo jogar esse tabuleiro frenético, nos joga pra cima e pra baixo, e quem pode falar agora é só eles e os Estados Unidos, mas que daqui a trinta anos só eles terão esse privilégio, então é bom mantermos os olhos abertos aos nossos novos mandatários comerciais, caso contrário doerá mais.