Narcos – Terceira Temporada

Narcos – Terceira Temporada, da Netflix, EUA, 2017. Quando me perguntam o que achei dessa temporada, disparo: uma grandíssima merda! Todavia, vou escrever o por quê cheguei a tal conclusão. Quando associamos o tráfico de drogas, vemos violência, e em se tratando de Narcos, a ação é o ponto forte da série, ou era nas suas duas primeiras temporadas com Pablo Escobar, interpretado pelo brasileiríssimo sem sotaque castelhano, Wagner Moura. Com a morte de "Pablito", no último capítulo da segunda temporada, o Cartel de Cali assume o poder da cocaína, e têm outra postura para transformar-se como o maior distribuidor de pó do mundo, e isso contando com a época do Pablo Escobar, passada. A estratégia do Cartel de Cali era a seguinte: nada de violência; eram senhores de um negócio sofisticado e lucrativo ao ponto de comprarem todas as principais autoridades colombianas para, por fim, “inventarem” suas próprias penas, sem ao mínimo passarem pela prisão, sob a pseudo brecha de que eram empresários, e não traficantes. Para lavarem seu dinheiro os mandatários de Cali investiam em inúmeras empresas, dentre as quais uma das mais conhecidas foi o time do Nacional de Cali, onde se via, nitidamente nos anos 1990, os traficantes nos camarotes dos estádios torcendo para seu time-empresa. A temporada não dá liga porque, primeiro não tínhamos um protagonista da envergadura do Wagner Moura, mesmo este falando mau espanhol. O segundo item negativo da terceira temporada da série da Netflix é, sem sombras de dúvidas, à morosidade narrativa com um roteiro morno, sendo este um fator determinante para taxá-la de ruim ou ao menos bem monótona. Entretanto apenas no antepenúltimo episódio, de uma ordem de dez com duração de cinquenta minutos cada, é que tivemos a lembrança das duas temporadas anteriores da então, boa série, com muitos tiros e mortes bacanas em articuladas cenas de ação. Todavia se ainda tiveres curiosidade de como funcionava a América Latina tempinhos atrás, então é super valida à conferida; agora só não me venham com a quarta temporada, pois a terceira já foi ,digamos, empurrada com a barriga, deste modo à quarta seria indigestível; e pior: já foi confirmada para 2018 pela Netflix, saindo de Cali, na Colômbia, e indo para o México como o país protagonista do tráfico de drogas da próxima temporada. Se os roteiristas e diretores arrumarem os erros da terceira temporada, podemos ter a esperança de dez horas de um bom entretenimento, caso contrário é melhor não criar muitas expectativas

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