O Homem Que Viu o Infinito
O Homem Que Viu o Infinito, de Matt Brown, Reino Unido, 2016. A
época era meados antes de iniciar a primeira guerra mundial. Estamos
inicialmente no interior da Índia com o protagonista do filme, Dev Patel: um
típico indiano fisicamente, mas mentalmente fora dos padrões de qualquer psique
humana. O indiano era fera em matemática e a via como um quadro em branco onde
através de equações ele pintaria a tela ou no caso, resolveria os problemas
aritméticos. Cada número se igualaria a cada partícula existente na terra, como
um grão de areia. Quem daria valor apenas a um grão de areia? Para todos um
único grão de areia é imperceptível, mas vários grãos são perceptíveis formando
então, os areais. O protagonista consegue enxergar um único grão como mola propulsora
para um todo e não o contrário, ou seja, que o grão seria mais um a formar o
grande areal visível. É com essa nuance milimétrica detalhística que os homens
são separados dos animais irracionais e dos próprios pares também. Tem que
haver generosidade para enxergar o que aparentemente não é visível, e em alguns
casos, o sobrenatural pode contribuir. Com seu dom nosso protagonista é
descoberto e convidado a morar em Londres, na sua principal universidade. Os
preconceitos foram mil que o tal indiano teve de passar para publicar suas
descobertas, já que “pretinho” lá na época não tinha vez e talvez na nossa
também. Fato é que nosso protagonista passa o filme inteiro tentando mostrar
que suas descobertas eram dignas de serem publicadas na prestigiada
universidade, porém eram embargadas porque os acadêmicos queriam as provas das
suas respostas, mesmo estas estando certas, causando assim um impasse entre a
razão e a emoção ou na crença ou não de Deus, já que os acadêmicos eram quase
todos ateus e nosso indiano era uma pessoa que não somente acreditava em um ser
superior, mas através de uma Deusa , esta “ dava” as respostas dos enigmas
matemáticos que todos perguntavam: Mas como você descobriu isso? Para não
taxarem de louco ele ficava calado e não podia provar como tinha chegado as
suas respostas. Um filme superinteressante que não só aborda valores matemáticos,
mas sim crenças que podem ser maiores que nossos acertos e erros humanos. O
filme pode ser visto tanto na NetFlix como nos melhores cinemas, e o indico.
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