Drugstore Cowboy

Drugstore Cowboy, de Gus Van Sant , EUA, 1989; na melhor atuação da carreira do ator hollywoodiano Matt Dillon. Adentraremos hoje em um mundo especificamente fantástico; tanto para o ruim como para o mal. É unanimidade que esta obra fílmica resenhada a seguir trata-se da melhor do polêmico diretor norte-americano; e isto quem crava não é o povo , mas sim especialistas da área: Os chamados críticos da sétima arte. O ano é o 1971, e a cidade é uma Oregon, no estado de Portland, bem diferente ao qual conhecemos atualmente. O corpo de atuação do filme é composto por quatro viciados em drogas de farmácias e hospitais: Sim estas mesmo que são febres hoje e estão mais fáceis do que comprar pão na padaria. Refiro-me as substancias que contem as substancias com a droga Diazepam. Caso ainda não estejam ligando a substancia ao remédio que certamente já tomou algumas vezes em sua vida, serei o mais claro possível: O Diazepam é encontrado nos ansiolíticos que vendem mais que aspirinas hoje nas drogarias mundo afora. É a principal substancia para inibir a ansiedade das pessoas no ritmo frenético do século XXI onde os resultados, e principalmente a grana são bem mais importantes que a saúde das pessoas. Em 1971 estas e outras drogas eram dificílimas de serem conquistadas, a não ser em casos extremíssimos de saúde, e olhe lá, já que além da produção destas drogas sintéticas serem reduzidas, ainda existia a ignorância por parte da classe médica em receitá-las, pensando tais profissionais que estas drogas fariam muito mais mal a pessoa do que de fato aliviasse alguma enfermidade. Sem mencionar que em 1971 estas drogas eram os Ecstasy da época. Fato ou informação esta que somente agora nos permite entrar de fato na estória da obra fílmica a ser resenhada. Pois bem, como mencionávamos, tínhamos uma gangue composta por quatro viciados destas drogas farmacêuticas que faziam de tudo para obtê-las, assaltando farmácias ou hospitais. A quadrilha tinha um líder, que por sua vez tinha uma namorada desde há época de infância e completamente loucos um pelo outro. Outro casal completava o grupo, porém podemos afirmar também que o casal coadjuvante era um tipo de capanga do casal principal. A mensagem sublimar do filme é linda e forte ao mesmo tempo, que é a seguinte: Não existe ser ou religião na face da terra que faça a cabeça de um viciado a desistir do mundo das drogas. A única pessoa que tem este poder é a pessoa drogada e nada mais. Tudo que ouvirem ao contrário disto é papo furado. Se o sujeito para de usar é porque ele se tocou que deve parar e ponto final. Não existe mensagem celeste que faça isso. se por acaso o sujeito cansa e quer mudar de vida para não morrer ou passar o resto da vida numa prisão a decisão veio dele, do próprio amadurecimento em perceber os prós e os contras em usar drogas e ter sua vida como este principal, e por vezes único, objetivo de existir. O filme é belo porque não entra nessas baboseiras de que a pessoa para de usar drogas por um motivo mentiroso ou porquausa da família ou da pessoa amada: Mentira esse papo. Quem para é porque está pensando em si primeiro, e quem continua é porque pensa em si primeiro também. A obra fílmica é honesta porque não insiste em enganar ninguém, e consegue uma coisa dificílima : Adentrar na mente de um viciado e mostrar quais são suas motivações para continuar usando. Oras, paremos de ser ingênuos; se drogas não dessem prazer, e muito prazer mesmo, não teríamos tantos consumidores. O filme ganhou meu respeito e admiração por ser honesto com os próprios usuários que podem assistir ao filme e dizerem: Taí uma coisa que fizeram e não julgarem-me, somente mostraram como as pessoas são, umas com algumas necessidades não aceitas socialmente e ponto final. Indicadíssimo para quem quer mudar seus juízos de valores acerca deste tema tabu ainda em pleno século XXI. Simplesmente um filmaço.

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