Timbuktu

Timbuktu, dirigido por Abderrahmane Sissako, Mauritânia, 2015.O filme concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não levou, entretanto ainda assim é uma bela obra fílmica é merece ser conferido. É verdade que certo momento o filme peca por muitos silêncios, mas talvez seja um dos trunfos o tal silencio, onde acabava falando mais que seus personagens monossilábicos. Fato é que não estamos acostumados a ter paciência em assistir filmes contemplativos, talvez pelo fato de termos cultura , religiões, trejeitos diferentes dos personagens do filme. As duas horas de filme se passam em uma cidade desértica abandonada com poucos habitantes . A cidade que tinha o mesmo nome do título do filme não tinha prefeito, policial, hospital, ou tampouco escola. As pessoas viviam sob o comando de islâmicos radicais senhores da lei, e que eram ao mesmo tempo seus médicos, juízes e policiais das pessoas daquela pequena vila arreiada no meio de um deserto com belas paisagens africanas. Apesar de ser um filme de ritmo lento ou contemplativo, este por sua vez nos pega e prende pelo juízo de valores que os islâmicos radicais impõem aquela população, seguindo a risca ou de forma “dúbia” o que estava escrito no Alcorão. Desta forma de pensar deles obviamente não tive como não linkar aos inúmeros e cada vez mais frequentes atentados terroristas ao redor do mundo em prol de Alá. Religião é um tema deveras sensível a abordar, pois cada uma delas tem as suas verdades intocáveis. Todavia focando no filme, acho que ele acaba sendo uma boa pedida para conferir, pois aborda valores de uma religião pouco conhecida no Brasil, e ainda por cima tem uma fotografia belíssima, além de nos permitir certa reflexão acerca do que vimos e por isso ficarmos pensando nele ainda por um bom tempo quando tomamos coragem e acordamos do baque ou choque que acabamos de assistir na sala do cinema. Filmes como Timbuktu não necessários para compreendermos as sociedades de uma forma globalizada, excelente pedida apesar do seu ritmo lento.

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