A entrevista

A entrevista, dirigido duplamente por Seth Rogen e Evan Goldberg, EUA, 2014. Ridicularizar qualquer ditador não é uma tarefa muito difícil, basta o colocar no seu devido pedestal de mandatário-môr e pronto: A piada já está feita! Pois nos dias de hoje parece-me que já não exista espaço, ou talvez não devessem existir mais lugares para ditadores. Todavia como o mundo é cheio de pessoas diferentes e culturas, e por isso complexo, ainda temos muitos chefes de estado com tal petição mandatária, haja vista países como a China, que tem um regime comunista e um mercado misto e com um ditador, por sinal. Entretanto o país a ser focado hoje é a Correia do Norte ao lado do seu excêntrico ditador: Um sujeito aficionado por basquete e cinema. A comédia estadunidense teve, ao mínimo, três estreias adiadas por supostas ameaças de retaliações por parte do ditador norte-coreano. Mas vamos direto ao enredo do filme. Pois bem, trata-se somente e apenas do fim do mundo; Calma, explico-lhes: Na comédia o ditador norte-coreano estaria produzindo bombas nucleares ( seria mentira mesmo? ) capazes de explodir o mundo, e ele estaria de fato afim de fazer tal coisa, ou seja, jogar uma bomba e transformar em pó cinzento tudo e todos do planeta. Para que isto não acontecesse um plano é feito pela agencia de inteligência norte-americana. Tal plano era direto e certeiro; Matar a principal ameaça do mundo: O ditador da Correia do norte. Mas como conseguir chegar a solo inimigo e ainda por cima assassinar a principal ameaça da humanidade? Simples como o plano da CIA: Enviar dois jornalistas sensacionalistas, aos quais o ditador supostamente já era fã e já os tinha convidado para ir ao seu país, assim como faz todo ano com astros do basquete norte-americano ( isto sim é real ). Pois bem: aproveitando a ida dos jornalistas os EUA pega “a ponga” e treina os caras para assassinar o ditador. A fumaça do filme fez mais alarde do que o fogo, ou seja, o fato de quererem escrever uma comédia parodiando o mais fechado ditador do planeta, fez com que o mundo ficasse receoso na resposta do que realmente poderia dar a Correia do Norte em relação ao filme. Aí vem aquela velha estória de que até que ponto a liberdade de expressão é valida ou ferre países, religiões, etc. Sei que trata-se de um tema deveras complexo, mas já de antemão dou minha opinião: Acho que para liberdade de expressão não deveria ter limites. Se Alá não gostou de tal charge ou se fulano não gostou de tal filme e achou desrespeitoso, então que ganhe a batalha com argumentos, mas jamais com violência, pois se assim for corremos o risco a regredirmos ao estágio de Homo Faber ao invés do Homo Sapiens.

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