Magia ao Luar

Magia ao Luar (Magic in the Moonlight), escrito e dirigido por Woody Allen, EUA, 2014. As pessoas com quem conheço estão indo ver essa produção por se tratar de um filme espírita e logo percebem que não o é. O filme aborda justamente o contrário, ou seja, aborda e fala basicamente de uma não crença ou da escolha do ateísmo e de mais nenhuma outra crença ou religião específica, principalmente no que tange ao espiritismo, mas enganos esclarecidos a parte a história do filme "Wooodyaliano" é a seguinte: o tempo é o ano de 1927 em Londres, onde temos como principal ilusionista do planeta um ser descrente de tudo que a ciência não consiga provar, ou seja, um ateu convicto e por isso sabia manipular truques de mágica como por exemplo, um desaparecimento repentino de um elefante em um dos seus números nos seus shows de mágica. Este "modesto" mágico, além do ofício de entreter pessoas , tinha ainda uma singela obstinação, que era: desmascarar falsos profetas e assim continuar no topo de sua profissão, sem outros concorrentes o ameaçando com seus truques pra lá de sofisticados para época. Pois bem adiantamento um pouco o filme para não escancarar demasiada sua história e contar cenas que estragariam a proposta de quem está afim de assistí-lo, posso adiante somente o seguinte: o Tal mágico ou ilusionista era cético a tudo e todos até conhecer uma suposta charlatã na França. De início ele tenta desmascará-la, e quando este não consegue passa então a “descrer” de tudo que antes não acreditava, ou seja, passa a acreditar no intangível, no sobrenatural e após de provas e mais provas de que a "charlatã" o dá a ele, este por sua vez, convicto, vai a público ou a impreensa afirmar que estava errado durante sua vida toda em não crer em coisas sobrenaturais, pois conheceu uma linda mulher que mudara seus conceitos e ainda mexera em seu coração duro ateu, ou melhor, ex-ateu. Acho que Magia ao Luar foi uma grata suspresa do gênio Woody Allen ( alguém tem dúvidas ainda que ele é um cineasta acima do seu tempo? acho que não né..) , e o coloco como um dos seus melhores filmes que fez ultimamente. Então por isso posso escrever sem medo e recomendar essa obra a ainda afirmar com toda convicção possivel e impossível que é trata-se da melhor pedida para um cineminha do final de semana, e talvez desse ano pobre em produçãoes tão boas como essa, afinal Allen é Allen. Acho muitas vezes que ele é um E.T, disfarçado de humano tamanha sua capacidade de fazer filmes tão superiores aos outros, todos os anos. Os amantes do cinema agradecem e vida longa a Woody Allen sempre, pois quando este se for, certamente o cinema ficará muito mais orfão de filmes bacanas com aquelas "pontinhas" ácidas e irônicas que imprimem em seus filmes que só ele sabe fazer. Afirmaria que o Woody Allen é o único cineasta ainda vivo que "carrega" a sétima arte de uma forma elegante, sarcástica e inteligente, o tornando assim a figura mítica que representa o cinema contemporaneo, por isso vida longa a Woody Allen e que ele continue com esse vigor em fazer um filme por ano; Os cinéfilos e o Cinema agradece.

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