Transcendence – A Revolução

Transcendence – A Revolução , dirigido por Wally Pfister, EUA, 2014. Trata-se de um filme literalmente que faz coçarmos o “cocuruto” ou os nossos neurônios apelidados por “ Ticos e Tecos” . Protagonizado por Johnny Depp, que faz o papel de um renomado cientista ( Dr. Will Caster) que tem como “ pregação” a construção de máquinas e a capacidade destas de serem superiores a nós, meros humanóides, ou seja, o homem era o “Bam-bam-bam” da inteligência artificial daquela atualidade. A ficção cientifica começa a ter um ritmo mais pungente quando o prestigiado cientista é acometido de uma tentativa de assassinato contra os seus inúmeros opositores contra as suas teses e pesquisas de que em um dia não muito distante, estaríamos “ a mercê” das máquinas, estas dominando os homens e a Terra. Com os tiros que recebeu na tentativa de homicídio por causas políticas, o nosso genial cientista e pesquisador se encontra agora a beira da morte física, entretanto antes de morrer pede a sua apaixonada esposa Evelyn Caster que ligue o seu cérebro a um novo invento seu capaz de mudar tudo que os homens já tinham visto ou imaginado presenciar. Com a ajuda da cega esposa, interpretada pela belíssima Rebecca Hall, o agora morto fisicamente, porém vivíssimo na rede mundial de computadores, começa então a sua revolução particular, porém com conseqüências a todo o Planeta. O cientista queria nada mais ou menos que se transformar em um novo Deus, curando quem estivesse doente através da ciência avançada por meio da sua inovadora inteligência artificial, porém eficaz, feita através de um sistema operacional que criou segundo antes de morrer com a ajuda da sua esposa fazendo um back-up de sua mente para o HD central da sua empresa de tecnologia da informação. Se nosso protagonista quisesse somente ajudar aos doentes enfermos de doenças como a AIDS ou o Câncer, por exemplo, ele passaria de vilão a herói, mas não era somente esta a ambição desse HD formatado no rosto do nosso protagonista. De certo modo lunático ( da turma do Hitler , Mussolini e outros ), o cientista Dr. Will queria ser "somente" Deus- o criador, tanto é que não é a toa que o nome do filme é Transcendence – A Revolução, e esta tal “revolution” passavam básica e necessariamente por transformar todos os humanos em máquinas, e assim sendo, ao menos na cabeça do cientista metade máquina e outra metade humano, de proteger e transformar nosso planeta de doenças, ataques terroristas ou quaisquer outras ameaças que pudessem acontecer, inclusive à vinda do espaço sideral seres extraterrestres. Fato é que a bem feita ficção cientifica nos tira da zona de conforto e faz repensarmos nos dias de hoje quem está mandando em quem: o homem na tecnologia ou o contrário? Acho que a segunda opção seria mais válida, fazendo disso humanos cada vez mais descartáveis no sentido de colocar seus “Ticos e Tecos” para funcionar e não achar facilmente o que procura no Google, por exemplo. Como em quase todo filme de ficção científica de qualidade, trata-se de uma história para se pensar no que estamos fazendo ( ou deixando de fazer) com nossa própria espécie apelidada de humanóide.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros do Joca

Cangaço Novo

Mussum, O Films