Karem Chora no ônibus

Karem Chora no ônibus, de Gabriel Rojas Vera, Colômbia, 2011. Certo dia uma mulher recém-casada descobre que está sendo traída. A dona de casa enlouquece, fica deprimida e toma uma atitude: se divorciar. Como a jovem esposa separada casou-se muito cedo e por isso não fez universidade e não tinha trabalho e nem onde cair morta, a mulher desesperadamente começa a morar nas ruas de Bogotá, capital da Colômbia. Existe um ditado em que diz que nada acontece por acaso, pois bem: isso sucede com a protagonista do filme. A traição do marido serviu para que ela se libertasse de um casamento infeliz com uma mulher sem perspectiva para nada e ainda por cima não apaixonada pelo ex-marido. A mulher agora nas ruas da perigosa Bogotá ( pois ela não admitia voltar a morar com a sua mãe por não ter uma relação amigável) tinha de se virar para sobreviver. De tudo ela fazia um pouco: tentou vender revistas de porta em porta, distribuiu anúncios publicitários entre os pedestres, roubava alimentos nos supermercados para não morrer de fome, até que um dia foi pega roubando um pedaço de pão com queijo e quase presa por isso, porém surge como um anjo da guarda em um filme da Disney um dramaturgo e paga o roubo da moça e a leva para sua casa por ter ido com a cara dela. A partir desse momento a vida dessa sofredora, mas sempre sonhadora jovem mulher desamparada, toma um rumo diferente. A Karem apaixona-se pelo teatro e pelo dramaturgo e se torna uma atriz de tablado nas peças em que seu namorado escrevia. Um filme colombiano com justíssimo orçamento, mas com roteiro e atuações brilhantes, mostrando mais uma vez que em toda parte da América do Sul produz-se bons filmes. Basta peneirar que acha.

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