Getulio

Getulio, de João Jardim, Brasil, 2014. A era Vargas ficou conhecida como um período de ditadura em que nada era permitido e o país meio que ficou parado devido a isso, porém não é verdade, além de ser um ditador tirano, Getulio contribuiu, e muito, para o desenvolvimento do país, apesar de ter rasgado duas constituições e por pouco não rasga uma terceira. A famosa CLT e outros benefícios empregatícios existem hoje somente porque Getulio criou. O filme do João Jardim narra os últimos dias de vida do ditador antes do suicídio. A trama se configura com uma suposta acusação de tentativa de assassinato do seu arco-inimigo: o jornalista Carlos Lacerda, vitimado este apenas com um suspeito e armado tiro no pé do jornalista popular e matando um brigadeiro de alta patente da aeronáutica com uma bala no peito. Fato é que com esta acusação a pressão pela renúncia do gaúcho Getulio permeia o filme até os seus créditos finais. Em entrevista a ator Tony Ramos, que incorpora a personagem presidencial, comenta que trata-se de um filme para reflexão. Não concordaria tanto com a afirmação do ator global, visto que, mesmo com o diretor Claudio Jardim, querendo “encobrir” os fatos, fica nítido que a mensagem para assassinar Carlos Lacerda veio de cima, ou seja, do próprio presidente. O filme nos deixa sentir “os silêncios “ de angústia de Getulio em seus últimos dias, assim como o carinho que sua filha mais velha tinha por ele. A biografia é, portanto uma espécie de documento que nos permite entender um pouco mais da história política do Brasil, entendendo assim um pouco mais dos nossos dias e protestos atuais. João Jardim, Brasil, 2014. A era Vargas ficou conhecida como um período de ditadura em que nada era permitido e o país meio que ficou parado devido a isso, porém não é verdade, além de ser um ditador tirano, Getulio contribuiu, e muito, para o desenvolvimento do país, apesar de ter rasgado duas constituições e por pouco não rasga uma terceira. A famosa CLT e outros benefícios empregatícios existem hoje somente porque Getulio criou. O filme do João Jardim narra os últimos dias de vida do ditador antes do suicídio. A trama se configura com uma suposta acusação de tentativa de assassinato do seu arco-inimigo: o jornalista Carlos Lacerda, vitimado este apenas com um suspeito e armado tiro no pé do jornalista popular e matando um brigadeiro de alta patente da aeronáutica com uma bala no peito. Fato é que com esta acusação a pressão pela renúncia do gaúcho Getulio permeia o filme até os seus créditos finais. Em entrevista a ator Tony Ramos, que incorpora a personagem presidencial, comenta que trata-se de um filme para reflexão. Não concordaria tanto com a afirmação do ator global, visto que, mesmo com o diretor Claudio Jardim, querendo “encobrir” os fatos, fica nítido que a mensagem para assassinar Carlos Lacerda veio de cima, ou seja, do próprio presidente. O filme nos deixa sentir “os silêncios “ de angústia de Getulio em seus últimos dias, assim como o carinho que sua filha mais velha tinha por ele. A biografia é, portanto uma espécie de documento que nos permite entender um pouco mais da história política do Brasil, entendendo assim um pouco mais dos nossos dias e protestos atuais. Nota dez para as atuações e pela direção de arte, nos mostrando um Brasil desconhecido das décadas de cinqüenta e sessenta do século passado, entretanto nota zero para o roteiro “co-assasinado” pelo próprio diretor João Jardim, que por vezes se torna monótono ou que não deixa " às claras" a posição de Getulio em mandar matar a pessoa que mais lhe falava mal, o jornalista Lacerda; Além de que o filme peca em um detalhe histórico grave: Em momento algum menciona-se no filme a mídia “ficha branca” que apoiava Getulio Vargas, como por exemplo o Jornal Última hora, comandado por um amigo seu jornalista do Rio Grande do Sul. Getúlio é, portanto um filme de nota cinco, mas que para em tempos de Copa do mundo e protestos, se faz necessaríssimo de conferir.

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