Algumas horas de Primavera ( Quelques heures de Printemps )

Algumas horas de Primavera ( Quelques heures de Printemps ), de Stéphane Brizé, com Vicent Lindon, França, 2012. Se escrevesse que se trata de um filme fácil de assistir, logicamente estaria mentindo. Como o propósito não é esse ( de mentir ) quem estiver disposto a assistir ao filme sugiro antes que prepare seu estômago porque tal filme bate lá naquele lugar quando você sente algum desconforto, é exatamente lá que grita primeiro, ou seja, nas suas entranhas. O enredo começa com um protagonista que acaba de sair da prisão por colocar em seu caminhão coisas ilícitas, este sendo pego pela polícia entre uma viagem e outra. Após algum período enjaulado e já com uma idade avançada o homem tenta refazer sua vida, entretanto seu currículo de ex-presidiário não permite abrir muitas portas de mercado de trabalho. Por falta de trabalho o nosso protanista poderia muito bem voltar ao ramo das drogas, entretanto este não faz esta escolhe. O homem ainda asssm tenta em vão reconseguir sua vaga de caminhoneiro, porém sem sucesso. Nosso protagonista sem outra opção aceita um subemprego colhendo lixo para reciclagem em uma indústria que só empregava imigrantes sem visto para ficar na França ou negros do subúrbio de Paris com baixa renda e discriminados por sua cor e pela sua religião, qu era a muçulmana. Com o dinheiro que ganhava do seu novo trabalho o homem não tem alternativa há não ser em morar com sua mãe. A relação dos dois nunca fora boa e quando seu filho é preso e depois volta, aí que desmorona de veze casa vira um "inferno de Dante". Isso é sentido em cada cena, em cada conversa ou em cada falta de conversa que o filho, um ex-presidiário de 48 anos, não tem com a sua mãe idosa.A relação de ambos é tão ríspido que em certos momentos dá afliçãode tanta tensão no ar da casa. O caminhoneiro acaba conhecendo uma namorada, ficam juntos até, mas o que se atenua e acentua o filme como um todo é sem dúvidas a relação desse filho sem futuro com a sua ranzinza e rancorosa mãe já em idade avançada. O orgulho de ambos faz com que o clima na casa se torne insuportável,ao ponto de causar insônia ao filho, com este só conseguindo dormir a base de tranquilizantes, e um agravamento contínuo de uma doença que a mãe já tinha antes do filho aparecer, e escondia este fato dele.A doença da mãe era terminal, de modo que quando ela soube de um tratamento de eutanásia na Dinamarca via rádio, não teve dúvida e se prontificou a inscrever-se para dar cabo aquele tormento que era sua vida, e ainda agravando o seu estado tinha em casa um filho não querido que só lembrava coisas ruins do seu pai ou do esposo que a traía e já falecido, lembranças péssimas, por sinal. Em suam trata-se de um filme duro no tocante em mostrar as relações humanas de uma maneira geral e mais especificamente mostrar como as famílias se comportam com suas diferenças na atualidade; Todavia é importante salientar que apesar do filme ser edificante e ao mesmo tempo angustiante, este nos permite refletir as coisas importantes como: Vida, morte, solidão, paixão, religião e amizade, e por isso é mais um bom filme da escola francesa comteporânea.

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