A melhor Oferta

A melhor Oferta, com direção e roteiro de Giuseppe Tornatore, Itália, 2013; Genial ! Esta palavra, com direito a uma exclamação no final, categoricamente resume bem esse filme. Todos nós temos pontos fracos, até mesmo as pessoas mais pragmáticas. O enredo do filme do renomado diretor italiano se passa com essas nuanças; Temos como protagonista um solitário e engenhoso leiloeiro de obras de arte que não tirava suas luvas nem para fazer suas refeições. Apesar de sentir asco de tudo e todos, tal personagem não se comportava politicamente correto, tendo um camarada para dar a melhor oferta em obras de arte que lhe interessariam para sua coleção pessoal ou para revender por um preço maior. A genialidade do roteiro acontece quando este culto e solitário homem tem como trabalho o leilão de um casarão com seus moveis de uma família desfeita por obra da morte, somente restando a família uma filha que sofria de pânico e vivia trancafiada em sue quarto nessa mansão a venda. A vida dessa jovem mulher parece ser para ele, mais digna do que ele somente sentir asco das pessoas. A mulher chama sua atenção porque corta totalmente sua relação com qualquer tipo de pessoa, devido a sua doença. Mas só que ao invés de o leiloeiro sentir pena da mulher, ele acaba se apaixonando por ela, e os dois, através de uma porta começam a ter algum tipo de relação. O leiloeiro enfim consegue que a jovem e bela senhora deixe a vê-la. Inicia-se assim uma série de aproximações dos dois com jantares, visitas, até que a jovem mulher se ache segura para sair do seu quarto. Apesar de já ser um senhor na casa de seus cinqüenta anos, este nunca tinha tido uma relação amorosa e para conquistá-lo, de fato, essa pessoa teria que ser especialíssima, assim como era a sua amada trancafiada e escritora, ainda por cima. Com a paixão latente em seu peito o leiloeiro descobre o significado da palavra amor. “Cura” sua amada do pânico e a leva para morar consigo em sua casa, e mostra sua coleção de obras de artes, devidamente trancafiada em um cofre. Certo dia quando acorda não vê sua sensível namorada e nem seus quadros raros e caríssimos. Obviamente o cara não segura a onda e surta. É enganado no coração e também pelo bolso. A engenhosidade dessa história contada é que faz indicar o filme. Tudo é impecavelmente arquitetado para só sabermos o que se sucede nos créditos finais: Sem dúvidas mais uma obra prima do Tornatore.

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