Welcome

Welcome, dirigido por Philippe Lioret, com Vincent Lindon, França, 2009. O filme lança como tema a dificuldade nas relações políticas emigratórias da Europa atual. O enredo se passa quando um jovem quer sair do Iraque, devido à guerra quando os EUA tomaram conta de lá e também porquausa de um grande amor que se já se encontrava em Londres, também devido a guerra em Bagdá. O garoto com dezessete anos faz de tudo para ir para onde estava sua namorada. Todavia quem lhe deu abrigo foi a França e não a Inglaterra( aliada dos EUA) para fugir da guerra insana onde todos seus familiares já tinham sido estraçalhados por uma granada não se salvado ninguém, há não ser ele mesmo por não se encontrar em casa no momento da tragédia. Mesmo o garoto tendo sido acolhido pela França, ainda assim ele não desiste de ir para Londres de qualquer maneira, e em uma dessas tentativas ao atravessar a fronteira é pego na estrada tendo que voltar a França muito frustrado, óbvio. Todavia ele não desiste em ficar com sua namorada e tem um plano atípico e corajoso: Atravessar o Canal da Mancha a nado; Mais ou menos uns treze quilômetros a uma temperatura de 10 graus positivos separando um país do outro. Por tal motivo a garoto sonhador iraquiano começa a pagar aulas de natação a um francês em crise conjugal com sua ex-esposa, da qual ainda sente falta e ela dele, mas a frieza e o comportamento francês não o deixam darem o "braço a torcer" pela volta ao matrimônio. Por solidão o garoto é adotado por esse durão francês que se encontrava carente de pessoas e rumos existenciais ( este mesmo cara que fora também um exímio nadador quase olímpico e, talvez por isso, frustrado de não ter participado de uma Olimpíada por seu gênio já forte desde muito jovem). Para preencher esse vazio existencial e a sua incapacidade de lhe dar com as pessoas o ex-nadador passa a treinar quase que gratuitamente o garoto iraquiano para atravessar o canal da mancha. De fato ele dava aulas ao garoto em uma piscina coberta, mas não acreditava muito que o garoto tivesse coragem em atravessar o canal da Mancha, como havia o informado. Para o ex-nadador o menino iraquiano se encontrava em um estado parecido com o dele, ou seja, sozinho e sem ninguém para pedir ajuda. Não acreditava que o garoto queria mesmo arriscar sua vida nadando. Para o ex-nadador o menino queria só um abrigo e comida, coisas que lhe foram dadas e há outros colegas dele também que se encontravam na mesma situação: Fugindo da guerra do Iraque. Uma história comovente que nos envolve por seu caráter humano “doativo” na bela língua francesa, além de nos mostrar que muitas vezes temos que fincar nossos pés no chão e perceber que a vida é mais que “um amor adolescente”. Ela, a vida, é ainda mais dura quando viramos adultos, e é melhor enxergarmos essa diferença, caso contrário tendemos a ficar a mercê dos acontecimentos e outras pessoas acabam por se intitularem “Donos de você”. Um filme tocante que mostra a solidão e a solidariedade em situações limites e talvez por isso saímos no final da sessão acreditando um pouco mais no ser humano.

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