Corpos celestes

Corpos celestes, dirigido e produzido por Marcos Jorge com Dalton Vigh e Rodrigo Cornelsen como protagonistas em épocas distintas, Brasil, 2011. O filme nos “perfuma” de um lembrete popular, que é:"Se tens uma chance: agarre-a com todas as unhas e forças, pois poderá ser sua última, apesar de ter sido a primeira também, ou seja, a sua única chance na vida". Esse ditado meio popular e meio inventado por mim traduz bem o sentimento do protagonista do filme. Este quando criança morava em uma cidadezinha interiorana das Minas Gerias em uma região bem parecida com a aridez do vale do Jequitinhonha dos livros do genial escritor mineiro Guimarães Rosa e um dos melhores escritores brasileiro de todos os tempos, escreva-se de passagem. Fato é que a história começa por esses lados duros e miseráveis do estado continental que é a nossa querida Minas Gerias. Um garoto é criado naquele ambiente seco e sem perspectiva para literalmente nada, ou seja, no meio da miséria. Eis que surge em sua vizinhança um norte-americano “doidão” ou que vivia no mundo da lua, como preferirem imaginá-lo. Era um Astrólogo , aquele ser que estuda as estrelas e os sistemas planetários. O homem, por sua “estranha” ou nova profissão por aquelas bandas onde quase todos não sabiam nem ler, eram visto como uma figura que era para não manter contato e deixá-lo isolado em seu casarão onde não falava, mas também não procurava confusão com ninguém, vivia em seu mundo de corpos celestes e lembranças amargas familiares num passado recente em sua terra natal: Os EUA, e por isso, “escondia-se dessas lembranças em um mato selvagem e solitário dentro de uma casa praticamente no meio da floresta mineira. Aí acontece ou surge um tal menino curioso que se perguntava sempre: “porque aquele maluco daquele gringo vizinho fica toda santa noite olhando para as estrelas com um tal de um binóculo grande?”. O garoto, na noite seguinte a essa indagação “destinal”, vai-lhe fazer uma visita em sua casa “assombrada” e às escuras, por ser ao entardecer, e por surpresa do garoto o dito por todos como rabugento e maluco gringo o recebe com educação e admiração por sua coragem de ir visitá-lo. Desse dia, ou melhor, dessa noite em diante, o garoto sempre dava um jeito de fugir da marcação do seu pai bruto e analfabeto que não queria a mínima aproximação com aquele vizinho gringo maluco. Porém o garoto dava um jeito ou drible e toda noite esperava o pai dormir e conseguia fugir pela janelinha do seu quarto para tomar aulas de astronomia com o agora seu vizinho amigo e gente fina: O gringo solitário e "estranhão". Foram muitas noites estudando as estrelas, praticamente a infância do garoto inteira, de modo que quando o garoto cresceu passou-se de um miserável que provavelmente iria trabalhar com uma enxada assim como o pai, para transformar-se em um prestigioso professor universitário com mestrado em Astrologia quântica nos EUA. O agora renomado professor nunca mais tinha voltado a Minas Gerais para ver seus pais e seus irmãos , que provavelmente não tinham saído daquela situação miserável de vida. Eis que mais uma vez um inesperado caso acontece ao professor de astrologia; Ele recebe uma ligação do filho do seu vizinho de infância: o tal americano que tinha lhe ensinado tudo sobre astrologia e por isso a pessoa que tinha mais carinho e divida. A vontade do filho do americano era conhecer a cidade e a casa que seu pai “se escondia” dele e da sua mãe porquausa de uma suposta traição da ex-esposa. O filho queria saber mais do pai: o que ele fizera e como viveu e onde durante todo esse tempo fora, apesar que este já estivesse falecido. Coisas de filho que não conheceu o pai, fazer o que? Por vinte longos anos o professor não tinha voltado a sua pacata e miserável cidade natal, mas com esse pedido do filho da pessoa que foi a responsável por ele ter saído daquela miséria toda que ainda seus pais e irmãos se encontravam, era o mínimo que podia fazer para o filho do seu mestre. O encontro familiar, após vinte anos sem contato algum, foi deveras difícil, inclusive com muitos irmãos o chamando de escroto por nunca ter mandado nehuma grana para eles ou para os pais. ; Quase rola uma briga por esse motivo, apartada pelo filho do astrólogo morto. Os ânimos meio que se abaixam e o professor e o gringo resolvem voltar a casa abandonada por aquele ser estranho e admirável que fora o norte-americano ligado as estrelas. Chegando à casa nosso professor passa por uma experiência sensorial; Ele levita e pega com a palma da mão a estrela do cruzeiro do sul. Sem dúvidas é a parte mais emocionante do filme. Corpos Celestes então propõe uma experiência sensorial com a astronomia e ainda nos permite brincar com um mundo do desconhecido; o das galáxias, dos planetas ou das vidas inteligentes fora do planeta Terra ainda não achadas cientificamente, mas que muitos dizem que já tiveram esse contato extraterreno e que não se trata de nenhum bicho de sete cabeças ( A NASA sabe de muita coisa sobre o assunto “E.T”, e não fala porque sabe que causaria um pânico geral no mundo). O que sem dúvidas acharemos nesse filme são aprazíveis experiências extraterrenas que mexe com nossa imaginação e por isso vale ser conferido, pois quem o assistir certamente passará a ver as estrelas literalmente com outros olhos.

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