Corações Sujos

Corações Sujos , de Vicente Amorim, Brasil, 2011. O escritor Fernando Morais não tem muita sorte mesmo quando suas obras são adaptadas à sétima arte, salvando um ou outro exemplar, como por exemplo, fora o caso de Xingu na saga dos irmãos Villas Boas em uma aproximação do homem branco com os índios. Todavia esta sorte não se teve na tela grande Corações sujos, que conta a história de imigrantes japoneses residentes na capital paulista e estes insistem em não acreditarem no final da segunda guerra mundial. Escreveria até que tal adaptação cinematográfica não só fere a sua homônima obra literária, mas principalmente ridiculariza a história do povo japonês que em solo Brasil vive. Como mencionamos os japoneses mais samurais não aceitam a perda da segunda guerra e se comportam em pleno bairro da Liberdade, no centro de São Paulo, como ainda combatentes de guerra. Forma-se então um pacto entre eles no qual este é baseado em que quem desse “trela” e acreditasse que o Japão tivesse perdido a guerra seria sangrado até sua morte, e isto independia se o fulano fosse de origem japonesa ou não, mas se o fosse o castigo e a morte seria bem pior, pois espera-se traição de um povo outro, mas se esta vem de sua própria origem para os samurais verdadeiros isso era inadmissível. O filme é falado em português e japonês e de certa maneira tenta, mas não consegue homenagear a cultura japonesa. Como diz o ditado: De boas intenções o inferno está cheio. Bola fora.

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