Terapia de risco

Terapia de risco, de Steven Soderbergh, EUA 2013. Não podemos “bater o martelo” e afirmar que este foi o último filme do diretor, porém tudo indica que sim, mas como tal diretor já disse diversas vezes que iria se aposentar e acabava mudando de idéia ( é que bom que isso acontece, pois trata-se de um dos melhores em atividade ), pode ser que ele repense a idéia de aposentadoria. Entretanto focando nesse “último” e pretensioso filme( no sentido de chocar, de não deixar sempre claro o objetivo da trama) e altamente meticuloso ( por literalmente brincar com a psique humana ). Todavia vamos aos fatos do crime ou do filme de suspense. Um casal tenta se reerguer após a saída do marido de uma prisão e a sua esposa ao invés de ficar contente, fica depressiva. A idéia da cura a leva a uma médica psiquiatra após ela tentar o suicídio. A médica então receita um novo antidepressivo. O que não se esperava é que tal remédio guiaria a complexa trama a partir de então, causando conseqüências a todos: a médica, a mulher e ao seu marido, recém saído da prisão. Ao longo dos seus 106 minutos de projeção somos envolvidos num jogo de quebra-cabeças onde não existem nem bandidos nem heróis, todos são ao mesmo tempo as duas coisas. Side Effects (no original) é um filme, portanto que por tantas reviravoltas em seu roteiro escrito por Scott Z. Burns, que não seja tão palatável aos espectadores dos filmes das comédias nacionais, por exemplo. Trata-se de um filme que vai se diluindo aos poucos, colocando o espectador a pensar o porquê uma ação gerou determinada conseqüência ou se essa mesma ação teria sido advinda de uma reação anterior. É um bom filme sem dúvidas, mas definitivamente se puder ver duas vezes será melhor.

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