Capitão Philips

Capitão Philips, dirigido por Paul Greengrass e baseado numa estória real, EUA, 2013. Encontramos no filme todos os elementos primordiais para a academia da indústria norte-americana de cinema premiá-lo com diversas estatuetas do Oscar em 2014. A priori tem-se um enredo que privilegia a estória “misericordiosa” dos EUA, que é de um navio cargueiro que vai entregar comida na faminta e grande África e no caminho é atacado pelos chamados piratas do século XXI : Os somálies miseráveis; “pescadores” da costa da Somália que resolvem cobrar um dizimo por caçar e navegar em seus mares, embora estes sejam ainda mares de navegação internacional, todavia como o capitão somalie diz em certo trecho: “Na América tem-se a escolha de ser várias coisas, mas aqui não, escolhemos o que tem na mão. Se somente temos Fuzis e navios para roubar em nossos mares, então fazemos isso”. Sem querer julgar atitudes terroristas ou territorialistas, o filme narra uma dessas estórias das centenas de navios que já foram roubados naquela costa africana. Deste em foco no filme norte estadunidense tem-se um capitão e por isso protagonista pra lá de acostumado com a academia da indústria cinematográfica do seu país: Tom Hanks. Pelo orçamento que o filme tem não teria como sair mal feito, e de fato não sai com mais de duas horas de pura tensão e adrenalina em alto mar com atores africanos inexperientes dando mais visceralidade a fita e contrastando as cenas com figurões como Hanks. O filme tem um apelo norte-americano quase que insuportável e talvez por isso tenha grandes chances de fazer sucesso em um premio que premia a indústria de cinema do país mais rico do mundo, mas que não necessariamente premia filmes de fato, mas isso em Hollywood é mera lembrança.

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