Odeio o dia dos namorados

Odeio o dia dos namorados , Roberto Santucci, Brasil, 2013. É uma comédia para as grandes massas brasileiras, provavelmente um blockboster nacional, ao menos tem tudo para isso. Trata-se da estória de uma publicitária linha dura e ranzinza interpretada pela Heloísa Périssé.


Roteiro: Nada contra o titulo do filme, pois também acho a data uma chatice pura, mas da estória do filme para com seu titulo: não tem nada a ver uma coisa com outra, fora o fato de no inicio do filme a protagonista falar: “Odeio dia dos namorados”. Depois disso o que se vê é uma “estória do além”, ou seja, de vida-pôs morte com sua protagonista tendo flashbacks de toda sua vida, desde sua primeira transa com o excêntrico Batata até os dias de publicitária odiada por todos seus subordinados. Flashbacks estes guiados por seu ex-sócio que falecera por um infarto fulminante em plena campanha do hospital do coração da cidade, fazer o quê: coincidências se sucedem.

Trama: O filme se configura nesse momento de transe onde não sabe se a protagonista se salvará de um acidente de carro ou não. A partir desse instante surgem os insights das coisas que ela fez mal e deveria consertar.

Relação amorosa: Com esse titulo teria que ter uma, óbvio. E esta se sucede logo após a adolescente protagonista nos anos 1980 perder a virgindade para o Batata e conhecer um CDF que já era apaixonado por ela. Com uma boa atuação, apesar do roteiro não ajudar, Daniel Boaventura faz o papel de um gerente de marketing que em determinada hora pede os serviços da agência de publicidade de sua ex-namorada juvenil e ainda eterna paixão dele. Depois de 20 anos sem se verem, apesar de morarem na mesma cidade que era São Paulo, a paixão do gerente de marketing volta à tona vendo sua paixão não correspondida na época em que se dançava como os Menudos, Dominó e para os mais exigentes Ultraje a Rigor e onde ainda se cortavam os cabelos masculinos a moda sertaneja do Chitãozinho e Xôrorô ( eca!). Porém trabalho era trabalho e os dois tinham que fechar aquela conta ( que era a serenata do amor: um bombom de chocolate que descaradamente entrou como um puta merchandise no filme praticamente todo ). Nesse entrevero da reunião para fechar o negócio acontece o tal acidente com a protagonista e então os insights já citados.

Desfecho: Já vou contar o final pra ninguém perder seu tempo vendo essa porcaria: ela não morre ( infelizmente ). E não morrendo consegue resolver seus problemas pendentes financeiros e amorosos. Enfim: por uma ou outra coisa o filme não casa muito bem com seu título, fora o fato da estória passar em 12 de junho. Ademais percebo uma melhora em qualidade das fitas nacionais em todos os sentidos, porém não um e o mais importante: os seus roteiros; Continuam péssimos. Roteiristas argentinos, por favor, venham nos ensinar como se faz isso, estamos precisando.



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