Argo

Argo, Ben Affleck, EUA, 2012. Depois de quatro meses de o filme ser premiado como melhor do ano no Oscar, venho resenhá-lo. Demorei um tempo, pois ainda hoje não concordo que ele tenha sido o melhor filme do ano, acho que o prêmio estaria mais bem entregue se fosse para Amour do austríaco Hanneke que ganhou somente como melhor fita estrangeira. Coisas da indústria do cinema americano e por isso não podem levar tão a sério tais premiações. Mas como me propus a escrever sobre a fita: vamos a ela. Trata-se de uma fita de cunho político, verídica é fato, porém mais uma vez exalta uma vitória estadunidense perante o mundo e deixa de lado detalhes técnicos ou um roteiro mais qualificado para a estatueta do Oscar de melhor filme de 2013. O local era o Irã numa onda de protestos contra os EUA no solo muçulmano e com seu ditador dando o tom do ódio contra o Tio Sam. O cerco estava se fechando contra o pessoal que trabalhava na embaixada norte americana da capital Teraã. O grupo consegue se deslocar para a embaixada canadense, local este bem mais seguro de ficar pra não morrer, porém também por pouco tempo, pois os terroristas já tinham algumas pistas de que os norte-americanos estavam escondidos em algum local ainda em solo muçulmano. Eis que no calor da urgência surge uma idéia um tanto quanto excêntrica de um membro da CIA, interpretado pelo seu diretor Ben Affleck, que era inventar a feitura de um documentário que abordava a cultura Iraniana e com essa desculpa retirar os membros americanos que se encontravam escondidos na embaixada canadense, pois a essa altura a embaixada dos EUA já fora completamente destruída pelos rebeldes com a frustração de não ter encontrado ninguém. Mas as coisas não seriam tão fáceis assim, ou seja, pegar um avião dos EUA ao Irã e lá chegando ao aeroporto pedirem a liberação de uma equipe de filmagem para fazer um filme lá. Seriam necessários documentos que comprovasse que tal documentário seria positivo ao país e até um trailer do filme para acobertar a mentira sem que os iranianos descobrissem o real motivo do documentário. A primeira parte fora feita em solo americano arrumando os argumentos necessários para que o diretor Ben Affleck entrasse em solo iraniano, que de apesar da desconfiança dos alfandegários do aeroporto de Teraã, acontecera. Já em solo inimigo o agente da CIA disfarçado de diretor de documentário teria outra missão: Explicar aos "prisioneiros americanos" o seu plano maluco do documentário onde cada um teria um nome falso e uma função no documentário e alteradamente mudados facialmente para não dar bandeira à polícia iraniana, visto que era pessoas marcadas para não sair daquele país com vida por questões políticas de os EUA se intrometerem em assuntos que não eram de sua ossada, mas isso não vem ao caso agora. Com um alto teor de suspense, principalmente na cena final do aeroporto, a vulga equipe acaba por sair do solo hostil. Agora é muito fácil saber o porquê desse filme dirigido por um ator ter ganhado o Oscar: por questões políticas de puxar a sardinha para o lado do país do prestigiado festival, como já mencionei anteriormente. Imaginem se o filme contasse a estória dos milhares de civis iraquianos que morreram na guerra contra Saddam Hussein; Certamente não iria nem concorrer ao prêmio por mais que a obra fosse boa.

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