Os tentáculos do futebol brasileiro.

É de se elogiar a capacidade dos jornalistas esportivos em discutirem e rediscutirem infinitas vezes o mesmo assunto. Ainda vejo algumas mesas redondas e noticiários esportivos, porém com menos freqüência do que assistia a um ano atrás: não perdia nenhum programa top do genêro. Sempre fui um apaixonado por futebol e esses programas eram “ a cereja do bolo" após uma partida ou um belo aperitivo para as partidas que estavam por vir, pelo fato da argumentação repetida e criativa dos profissionais do meio terem o poder da embromação para falar das mesmas partidas, dos mesmos times, jogadores, torcidas e órgãos ligado ao esporte de uma maneira deveras repetida, porém não chata justamente pelo tal pelo poder de argumentar os mesmos asuntos desses       “ Rolando Neros” ( antigo e lendário personagem do quadro humorístico da escolhinha do professor Raimundo , que tinha sempre como chavão final: “ e o salário ô, pequininho”, dando um tapa de luvas na cara dos políticos e da política no que se diz respeito a situação do assistencialismo precário para a classe dos professores brasileiros). Ademais voltando ao tema que é a minha “admiração” pelos reis do “lero-lero, vem cá que eu também quero” , de esculhambar os jogadores e times para garantir os seus nomes de profissionais do esporte na mídia e consequentente seus pomposos e rentáveis empregos. Modesta e verdadeiramente se tem ou tinha ( pois graças a minha evolução intelectual e o gosto por outras coisas mais interessantes e bem mais importantes para nosso país ) uma coisa que tenho a liberdade pra comentar é isso por ver tantas vezes esses noticiarios, que é a paciência e disfarçatez para comentar o mesmo assunto/ evento todo santo dia. Acho que nem esse novo Papa Chico suportaria tal martírio diário. De qualquer modo esses profissionais estão de parabéns: primeiro por ouvir sempre a mesma reposta dos jogadores para suas perguntas, transformando os atletas bem mais em robôs do que há humanos nas salas de imprensa dos clubes ou em nos intervalos dos jogos. É incrível a incapacidade dos jogadores não conseguirem inventarem algum discurso que fuja dos demais com respostas , tais como: “ o time correu deu seu sangue em campo não faltou garra, mas o resultado não apareceu, agora temos de continuar trabalhando ( treinando ) forte nesta próxima semana para que no próximo jogo a vitória aconteça “. Coitados: essas famosas respostas deles de praxe é nada mais ou nada menos do que uma resposta robótica , onde esta fora devida e cuidadosamente ensaiada e reensaiada pelos seus empresários: a famosa cartilha das entrevistas de como responder aos repórteres. Também não poderia ser diferente, visto que esmagadora dos jogadores de futebol saiam de morros e favelas só sabendo assinar seu nome e olhe lá, pois ainda tenho sérias dúvidas perante a isso: acho sinceramente, quer dizer, tenho certeza absolutamente de que a maioria dos seus empresários assina esses super contratos para a maioria desses garotos pobres e porque não dizer miseráveis no sentido educacional , para abocanhar ótimas fatias da grana dos contratos milionários , os negociando com times de ponta quando algum talento começa a despontar com seus 16 a 17 anos de idade. O futebol daqui e a nossa ( ou deles ) mídia esportiva são lastimamente uma piada, e o pior: quem fica de palhaços somos nós que ainda torcemos para esse esquema sujo onde só quem ganha é quem está dentro do esquema e o torcedor que se foda como sempre foi e me arrisco sem medo de errar em afirmar que continuará sendo fodido por muito mais tempo, e para não ser ainda mais drástico, porém real: o torcedor brasileiro se foderá eternamente, visto que futebol envolve paixão e quando envolve isso não conseguimos ver um palmo em nossa frente, por mais que queiramos ou tentamos enxergar. Tenho de resalvar que a paixão pelo futebol ainda é necessária para um povo tão desgraçadamente sofrido como é o brasileiro, e mesmo sendo enganado ( sabendo ou não disso ), acaba deixando a razão de lado para não morrer de tédio com a “ajuda” do nosso mafioso futebol brasileiro com seus cartolas e cúmplices jornalistas esportivos.

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