O Voo ( The flight )

O Voo, Robert Zemeckis , 2013; É uma produção norte-americana cheia de dramas, culpas, loucuras e heroísmo. Destaque para a atuação de seu protagonista (Denzel Washington) que lhe rendera a indicação ao Oscar desse ano. Não que a premiação seja importante no sentido artístico de atuação do ator, mas como ele já era do meio juntou ‘ a fome com a vontade de comer’ pela sua visceral atuação de um alcoólatra comandante de aeronaves pelos estados e cidades dos EUA, ou seja, só para vôos domésticos. O Denzel fazia o papel de um homem bem promiscuo, assim como é o meio da aviação de verdade, onde invariavelmente se encontrava bêbado e/ou cocainado com direito a noites regadas comapetitosas aeromoças, pois como já fora mencionado, o meio do trabalho ‘permitia’ tamanha liberdade. O problema é quando a diversão fica maior que o compromisso. Fato esse que acabara acontecendo em um vôo turbulento devido a tempestades e tornados insanos em mais uma conexão doméstica. Com exímia maestria o comandante consegue passar ilesa a sua aeronave desses percalços aéreos apesar de encontrar sem dormir e totalmente embriagado mais uma vez pilotando. Como já diz o ditado: “ Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura”. De tantos vôos que o protagonista faz sob efeitos etílicos que algum dia daria merda, e não deu outra: um puta desastre aéreo fictício que acabara com seis vidas, quer dizer quatro, pois dois eram tripulantes e por isso não contavam, e cento e poucos feridos, porém vivos em um pouso forçado devido não a embriaguez de seu comandante como era de se esperar, mas por um baita defeito mecânico que dera fim nos dois motores do avião. O calcanhar de aquiles do comandante, além do alcoolismo era a sua lealdade perante seus princípios morais, seja como este o conseguisse ter devido ao seu estado de embriaguez permanente: em todos os dias e em todos os vôos que fizera. A tal lealdade com a verdade ocorrera pela morte no acidente de uma das suas “ficantes” comissárias de bordo e por isso ele seria capaz de falar a verdade e ser preso para defende-la, apesar de já estar morta diga-se ou escreva-se de passagem; E de fato foi isso que aconteceu: em um julgamento onde ele tinha tudo para se safar acabou sucumbindo e contando a verdade que bebera no dia do acidente assinando assim sua prisão, Fato este que poderia ser ocultado e ele teria sido liberado das grades. Mas por essa ação de sentido moral de confessar que estava bêbado no dia do acidente por 3 garafinhas de vodka, acaba ganhando mais que perdendo ainda assim preso por um acidente onde não tivera culpa alguma no cartório, pelo fato de que depois do julgamento e sua prisão decretada, ele enfim consegue recuperar sua vida: sua família e principalmente vira um ex-alcoólatra tendo sua recuperação nos A.A. Se fosse para fazer um resumo desse filme com uma frase seria a seguinte: Pessoas vêm e vão, assim como  as doenças ( estas às vezes ficam mais que queríamos assim como algumas pessoas, mas relevamos), porém o que vale no final é uma consciência limpa e colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. Um drama social de um homem com uma profissão um tanto quanto informal ou atípica, mas que não deixa de ser um recado para uma reflexão do que fazemos com nossas vidas ou o que deixamos de fazer com ela.

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