O MMA/UFC

Quem não acena com a mão pedindo para que o trem pare quando este passa certamente ou no momento está desatento ou a sua antena já está desconectada,  e pelos dois motivos perde o trem e a viagem. Esse ditado popular serve para explicar o novo fenômeno esportivo do momento: o MMA ( Múltiplas Artes Marciais ) ou se preferirem: UFC, que é o principal campeonato da categoria comprado por dois irmãos americanos de origem italiana e o pomposo Donna Withe ( provavelmente o nome do “mangaguão” do UFC esteja errado , perdoem-me por tal gafe ). O UFC nos EUA é uma continuação do Pride do Japão, onde o de agora se comparando com o primeiro citado, existe muito mais regras para preservar a integridade dos lutadores, pois no Pride do Japão era um "Deus nos acuda de cachorros loucos" presos em um ringue com cem mil japoneses insanos bêbados berrando e assistindo. Não entrava em minha cabeça de como aqueles malucos agüentavam tantas porradas de todos os tipos possíveis, tais como: chute nos genitálias, dedo nos olhos e a principal e a mais esplendorosa de todas: o famoso "tiro de meta", onde um oponente mira e chuta sem dó nem piedade a cabeça do outro já caído e semi-nocauteado, ou seja, regras eram para os fracos nas décadas de 1990 e início dos anos 2000. O Pride foi uma criação dos irmãos e da família Grace do Brazilian Jiu-Jítsu, de modo que quando quiseram inventar regras a fim de preservar a integridade dos lutadores - atletas já no UFC nos EUA os irmãos Gracie por princípios éticos de inventores do esporte ou da luta paga, venderam a sua invenção e assim começara a estória do famoso campeonato de lutas mistas , o UFC . Pois bem, mas o interesse aqui é não deixar o bonde ou trem passar e não pegar, pois quem não se atualiza acaba literalmente ficando para trás. O UFC é o esporte que mais cresce no mundo, os seus pacotes de pay-per-view ou pague para assistir são os mais vendidos; excluindo-se uma luta ou outra de boxeadores de ponta, que por sinal a cada dia se encontram mais escassos de achar esses tais "boxers tops" , saudades do Mike Tyson, dando assim mais espaço para o crescimento do UFC / MMA ou como preferirem chamar. Fato é que não dá pra ficar por fora do está acontecendo, mesmo achando algumas vezes as lutas sem muito nexo ou inteligência devido a sua carga excessiva de violência. Por exemplo: No UFC quando um lutador já se encontra dormindo de tantos chutes e pontapés ( nocauteado ), ao invés do árbitro acabar a luta o mesmo deixa o “pau comer” mais um pouquinho para valer o ingresso. E olha que isto é no UFC, pois no Japão com o Pride o buraco era muito mais embaixo com o famoso “tiro de meta”. Me recordo que quando assistia a uma luta do Pride a dificuldade para dormir aumentava exponencialmente.  Mas hoje sou casca grossa, de modo que consigo pegar no sono em meio a uma luta do UFC. Não acho nem de longe o esporte, se é que isso é esporte, o melhor "esporte" e não entendo o seu crescimento vertiginoso no Brasil e mundo afora ( aliás e sem mentiras: entendo completamente esse crescimento; Se trata da nossa predatória natureza instintiva humana e isso não vem de agora, basta pegarmos o império romano com suas lendárias e mortais lutas no Coliseu como referência. Não é a toa que os lutadores atuais são apelidados como " os gladiadores modernos" ). Pego esse trem da atualidade que é o UFC , única e exclusivamente para não ficar pra trás, para ter assunto em uma mesa de bar, para a sociabilidade, porém ainda prefiro lutar a favor do meu cérebro.

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