A Hora Mais Escura


A Hora Mais Escura (Zero Dark Thirty ), Kathryn Bigelow, EUA, 2013; Certamente não logrará êxito como melhor filme domingo agora no Oscar e se logrará será única e exclusivamente por cunho político e não artístico. E de fato não logrou êxito deixando a estatueta de melhor filme para Argo que puxa ainda mais o saco da Casa Branca, visto que a primeira dama foi quem fez o comunicado do prêmio, acirrando mais ainda a relação entre os EUA e o Irã. Ademais a isso para quem gosta de estratégias de guerra, torturas e redes de inteligência (que por muitas estórias, não só essa, se tornam nada inteligentes), gostará da Hora Mais Escura. A fita tem a peculiaridade em esmigalhar o suposto plano de “inteligência” a fim da captura do principal inimigo estadunidense: Osama Bin Laden. Suposto sim: pois a estória contada é vista pela visão da terra do tio Sam ou do tio Satã, puxando enormemente “a sardinha” para o lado deles, de forma que a fita apesar de longa e detalhistica não pode ser classificada como imparcial por só mostrar um lado da estória mesmo essa tal estória sendo o assassinato do muçulmano extremo Osama Bin Laden. Dessa forma o juízo de valor da fita fica dúbio, duvidoso. Destaque para a atuação da Jessica Chastain ( que não levou a estatueta de melhor atriz deixando o prêmio para a fraquinha Jennifer Lawrence de O lado bom da vida ) fazendo o papel da principal agente da turma que vai ao Paquistão fazer a captura do derrubador das torres gêmeas de Nova York. O Oscar ainda prêmiou as barbadas esperadas como: melhor ator codjvante para Christoph Waltz  em Django Livre, onde este deveria concorrer a ator principal, deixando essa estatueta para Daniel Day-Lewis  em Lincoln. A melhor direção ficou com Ang Lee em As aventuras de Pi e como esperado o melhor filme estrangeiro foi Amour do Haneke, fita essa que deveria ter ganho como melhor filme de todos também, mas como o Oscar é uma premiação da indústria cinematográfica que presenteia única e exclusivamente ela mesma, a sétima arte verdadeira acaba sendo esquecida, aliás fato nada novo. A maior frustração do Oscar foi a francesa Emmanuella Riva não ter levado como melhor atriz, assim como Jean-Louis Trintignant como melhor ator e por fim Michael Haneke como melhor diretor na sua obra prima Amour, porém para os padrões indústriais cinematográficos da premiação Holliwoodiana seria esperar demais, como um devaneio improvável a ser mudado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros do Joca

Cangaço Novo

Mussum, O Films