007- Operação Skyfall


Não sei se é porque estou assistindo a uma caralhada de filmes em um festival, filmes independentes e geniais em sua maioria, escreva-se de passagem, que as fitas ditas ou descritas como comerciais passam mal por minhas íris. Se fosse pra comparar fitas comerciais com independentes seria o mesmo de medir forças dos EUA com o Irã, ou comparar um pato ao molho francês a um PF da esquina da sua rua. É com esse “instigamento” é que vim “aquá” escrever e afirmar que o principal filme holiwodiano do momento é uma tremenda babaquice. Refiro-me ao James Bond e seu 007- Operação Skyfall, Sam Mendes, 2012, EUA . A fita antes de tudo tem a dura missão de homenagear o cinquentenário do filme e ao mesmo tempo tenta salvar a estória pra lá de batida. Desta vez ainda vemos um James Bond comedor, mas também amargurado pela traição de sua fiel e escudeira chefona. Ademais percebemos um protagonista procurando uma figura materna, pois afinal de contas cinquenta anos de “comilança” não foi brincadeira. E por isso pela primeira vez vimos o James chorar ao tumulo dos seus pais. O agente 007 se faz totalmente diferente do que estamos acostumados em vê-lo, como quase que um imortal. Desta vez ele tem costelas quebradas, alcoolismo, depressão. Porém ainda assim não perde a sua principal virtude: a coragem e a inteligência também. Mas que um filme de ação este último 007 mostra um enredo bacana com um drama existencial do protagonista devidamente percebido e passado em seu roteiro. Um bom filme, talvez consiga salvar o agente e suas aventuras por mais algumas fitas ou anos, porém duvido bastante que isso se perdure por mais  de uma década. Sobre o protagonista: é melhor trocá-lo, pois nem só de músculos o agente 007 fora feito, e os outros passados que o digam e se irritem com esse atual.

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