Fausto


Fausto, do Aleksandre Sokurov, Russia, 2012, foi o principal ganhador do festival de Veneza em 2011. Ganhou um dos principais festivais isentos politicamente pela fita transcender os limites do entendível para a maioria de quem assiste. Além de que Fausto é um filme russo de época, onde um médico além de seu tempo e entediado com ele resolve fazer um pacto com o “coisa ruim” de uma forma bastante peculiar. No contexto da fita o Diabo é nada mais que um outro homem de carne e osso, mais osso que carne e com coluna arrebentada, escreva-se de passagem: um típico corcunda. O tal do medicúzinho troca sua alma por conhecimento em tempos em que na Rússia medieval a medicina carecia de progresso, de modo que tal nobre medicúzinho não aguentava ver tanta gente morrer por doenças novas e curas que ele procurava e que era bom: nada. A luz do filme é um caso a parte com cenas sendo rodadas em lugarejos de países europeus pequenos, onde existiam tufões de água que de uma hora pra outra explodiam fazendo como se fosse parecido com um vulcão, porém a larva era de água quente e potente subindo a noventa graus de altura, fazendo um espetáculo de cena a parte no filme. Os diálogos do “médico- herói” com o capeta era por vezes bem interessantes e instrutivos, tal como falar da dor humana, e por vezes eram demasiados longos e sem sentido, muitas vezes acontecendo um seguindo o outro sem motivo aparente qualquer, pareciam unha e carne, como diz o ditado. Então, Fausto é uma película de difícil compreensão: primeiro pelo tema abordado e segundo por ser um filme de época com um roteiro nem tão “redondo” e palatável como esperavam. Porém a sua fotografia é unânime.

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