O Visitante

O Visitante, do bacana diretor Thomas McCarthy e como protagonistas: Richard Jenkins e Haaz Sleiman, EUA, 2005. Imagina você voltando pra casa e se vê com seu apartamento ocupado por africanos refugiados em plena Mahatan?
Pois bem: esta é a introdução da estória do filme que resenharemos. Um acadêmico viúvo e solitário mora em São Francisco, porém tem um apartamento em New York pelo motivo de hora por vezes aparecer na cidade ora pra sair da rotina e viajar ou ora pela obrigação trabalhística. O tal acadêmico, que já um senhor com seus quase sessentinha, fica quinze anos sem ir ao seu imóvel na capital financeira e cultural norte americana por ficar mal pela morte de sua esposa. Quando consegue ânimo pra tomar um avião de São Francisco a New York e abre a porta do seu apartamento depara-se com uma belíssima negra se banhando na banheira de sua esposa. No mesmo ato aparece um baita de um negrão pegando o tal acadêmico pela crina ou pescoço pensando que tal era um ladrão ou estuprador. Com as devidas explicações feitas por ambas as partes: a do acadêmico de meia idade afirmar que aquele imóvel em que o casal se instalara era dele e tinha até suas chaves para adentrá-lo, e o casal pedir desculpas, pois foram enganados por um vulgo falso corretor de imóveis. Dessa situação desagradável surge uma amizade; esta não sei se pela solidão de ambas as partes, visto que o casal era ilegal em solo norte americano e o acadêmico sozinho e carente de amizades. O professor então tem a gentileza depois de os expulsarem de sua casa a voltar atrás de sua decisão e o convidarem a ficar na casa dele até arrumar algum outro local para se instalarem. Uma informação de suma relevância para o enredo do filme é que o casal africano ilegal nos EUA eram muçulmanos de corpos e almas e até dizer chega de tanto fanatismo, principalmente por parte do homem que não abria mão das orações de tantas e tantas horas ao dia. Porém este mesmo muçulmano era um baita músico, onde pelo seu talento se sustentava e sua bela mulher nessa vida ilegal nos States of America. O instrumento que tocava era um bangô: um tipo de tambor que tinha sons parecidos com os dos nossos atabaques brasileiros ou baianos. E a sustentação do filme é a paixão repentina, porém curadora que o tal acadêmico de meia idade começa a ter pelo som do instrumento e de como tocá-lo com as aulas que recebia do seu visitante agora amigo. Começava-se uma amizade que transpôs idiomas, religiões e diferenças culturais. A arte fora mais uma vez a diferença para que todas essas outras diferenças citadas ficarem a segundo plano, ao menos ao meu parecer. Acontece que em uma estação metrô nova-iorquino o imigrante africano é detido aparentemente pela alta rigidez da policia depois dos ataques de 11 de setembro, pelo fato de ser muçulmano e ter cara disso. O cidadão ilegal e agora muito amigo pelo solitário professor universitário é julgado e terá que ser ir embora ao seu país de origem: O Marrocos, enquanto a sua esposa continua escondida para não ser pega também, visto que era nigeriana sem visto. Com a noticia da prisão do filho: a mãe; uma iraniana belíssima de meia idade vem aos EUA para ver o que se sucede com seu filho, visto que antes da prisão falava com ele por telefone todos os dias, fazendo chuva ou sol, nevando ou não. Daí o solitário professor e a essa altura um professor também em tocar o Bangô acaba conhecendo aquele estupendo de mulher que sortemente era viúva como ele. O final todos já deve imaginar. A mensagem legal desse filme para esse vos escreve foi o desprovimento do acadêmico a fim de conhecer outras pessoas e talvez isso pelo fato ou medo da tão tenebrosa solidão na terceira idade. Por sua atitude corajosa, ou seja, abrigar pessoas totalmente desconhecidas em seu teto, ele acaba conhecendo outras pessoas e mudando sua vida e até seu status social de viúvo para casado novamente, agora com uma belíssima muçulmana interpretada pela atriz Hiam Abbass. Fecho esta resenha com o resumo que entendi do filme que foi: Abra sua cabeça, seus valores, seus conceitos: pré ou pós-conceitos que outras coisas e perspectivas encaminham a te encontrar naturalmente.

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