Crime e castigo


Marcante esse filme: Crime e castigo, do diretor Joseph Sargent, 1998, EUA. Obviamente não resenharemos o filme comparando este com o livro, pois seria uma temeridade tal coisa. O que vale ser resaltado aqui é a qualidade desse filme, que se não “mostra” o livro em tela como deveria ser, ao menos o diretor tenta, e com certos méritos até.
O primeiro destaque fica pela carga dramática em que seu protagonista (Patrick Dempsey) descarrega em seu personagem mostrando com excelência as crises existênciais humanas ou até que ponto vale ser verdadeiro ou não.
Em segundo plano citaria a bela fotografia mostrando a Rússia da época ( 1856 ). Porém voltando ao que mais me cativou, que fora a carga de seu protagonista se expandindo principalmente no que se diz respeito há valores de juízo, ou seja: até que ponto determinada pessoa ou sociedade tem a capacidade de falar-me o que é certo ou o que deixaria de ser. Assim como o livro, a fita instiga o espectador há inúmeros questionamentos da ordem do que é certo e o que é errado, ou em outras letras, o que você faz é crime, e se é verdadeiramente crime, qual castigo teria que pagar. Nesse "vai e vem" de juízo de valores que a fita aborda, assim como no livro (só que este com muito mais riqueza de detalhes) uma coisa parece não pairar dúvidas seja lá em mil oitocentos e antigamente ou em tempos atuais: que é a virtude ou capacidade de auto proteger-se, não esperando isso de ninguém aqui em terra ou lá do céu. Se a fita teve em algum momento a pretensão em passar alguma coisa a quem assiste, acreditaria que seria a “deixa”: Não espere nada de ninguém e faça você mesmo o que achar certo, pois verdade absoluta nunca existiu nem nunca existirá em quais tempos forem.

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