Feliz que minha mãe esteja viva

Feliz que minha mãe esteja viva (Je suis heureux que ma mère soit vivante, 2009, dirigido por Claude Miller, Nathan Miller, e atuado por Vincent Rottiers, Sophie Cattani, Christine Citti ). A visceralidade da fita francesa é de uma felicidade digna de palmas. É o tipo do filme em que sente com alguma coisa entalada na garganta, engasgado mesmo tamanho o brilhantismo da fita.


O drama familiar cativa do inicio ao fim mostrando no inicio a faceta pior do ser humano: o desprezo e a covardia, e ao final mostra o ser humano como uma coisa bela, digna de se acreditar com o poder de perdoar até. A fita gira em torno do tema da Adoção, quando um casal de bebes do sexo masculino é adotado por um casal que não pode ter filhos. Um filme muito interessante e intenso por mais que possa parecer calmo, a fita tem aquele “ar” de revolta, de não entendimento por parte do filho mais velho de primeiro autoperguntar-se o porquê de ter nascido e a posteriori “cobrar” esta insustentável mesma pergunta a sua mãe natural depois de uma certa procura para achá-la. A sua mãe natural era aquela típica vaca leiteira francesa, ou seja, engravidava de um ali e outro acolá e não sabia criá-los de modo que sempre se separava dos seus parceiros. Isto pega e acaba refletindo no protagonista do filme, que é o seu filho mais velho; que com uma imensa dificuldade em relacionar-se com as mulheres se torna um jovem rancoroso, machista a com muitas lembranças negativas de sua mãe; de como ela deixara ele e seu irmão mais novo para adoção, como não tinha trato para ser mãe, etc.


Eu me reconheci em vários trechos desse drama francês e tive pais ótimos, mas é que não tem como não se identificar de uma maneira ou de outra com algumas cenas por se tratar de uma única coisa: a fraqueza humana, e isso, todos temos em maior ou menor grau. Então antes de abrir a boca e falar para seu filho que será a melhor mãe ou pai do mundo, saiba que tem coisas em que você não decidirá, como: a personalidade que seu filho terá, os caminhos que ele irá seguir ou não; Enfim ter filhos não existe um manual de instruções para isso, talvez a melhor instrução para essa jornada é saber que nada será sempre bom pra sempre e em segundo lugar seja verdadeiro sempre que puder, isso ajudará. Puta filme bom!





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